A greve dos servidores paranaenses do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que já dura dez dias pode afetar a divulgação de índices econômicos, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal "termômetro" da inflação. De acordo com nota do comando de greve, o IBGE tem cerca de 230 funcionários no Paraná. A metade teria aderido à paralisação.
A última assembleia foi realizada na quinta-feira (5) e, por unanimidade, os servidores decidiram pela continuidade da greve. Os trabalhadores têm uma pauta de reivindicações com 16 itens, dentre os quais o reajuste salarial de 22% e a reposição do quatro de funcionários. De acordo com o comando de greve, a categoria está sem reposição salarial desde 2009. Além disso, há uma defasagem de pessoal.
Sobre o quadro de colaboradores do IBGE, o técnico em informações geográficas e estatísticas, em Maringá, Cássius Marcelus Bernardes, diz que no Paraná metade dos funcionários têm contratos temporários, renovados de mês a mês.
"Nossa intenção era de que acabasse esse tipo de instabilidade no trabalho, vivemos um período de precarização. Precisamos urgentemente de um concurso público também pensando que daqui quatro anos 70% do nosso quadro de funcionários vai ter idade para se aposentar", aponta.
Os funcionários do IBGE no Paraná também aprovaram moção de apoio à greve dos técnicos-administrativos das universidades federais e ao trabalhados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
No Brasil, 19 dos 32 núcleos de sindicatos representantes dos funcionários do IBGE aderiram à greve. A perspectiva do comando nacional é de que nos próximos dias haja a ampliação do processo.
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