Curitiba vai amanhecer mais um dia com as agências bancárias fechadas. A proposta apresentada pelo sindicato patronal de reajuste em três parcelas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 6,2%, foi mais uma vez rejeitada pelos vigilantes em assembleia no final da tarde desta segunda-feira (4). Os integrantes da categoria na capital exigem que o reajuste seja pago em parcela única.
No interior do Paraná, o dia foi tranquilo, já que os vigilantes das outras cidades paranaenses aceitaram a proposta do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp), mediada pelo Ministério do Trabalho.
Na capital, os vigilantes já admitem que o pagamento do adicional de periculosidade de 30%, que estava na pauta inicial de reivindicações, não é mais um entrave para o fim da greve, sendo que o mesmo pode ser pago apenas quando vier a regulamentação da lei que prevê o benefício.
Por enquanto, os profissionais da cidade seguem recebendo um adicional de 15,5% combinado entre empresas e empregados.
A desavença continua sendo em torno do reajuste do INPC, que a categoria quer que seja concedido em parcela única. Com isso, a maior parte das mais de 500 agências bancárias de Curitiba continua fechada. De acordo com o sindicato dos vigilantes, a adesão da classe foi total na capital. Ainda assim, algumas agências abriram suas portas por alguns minutos, contrariando a recomendação do Sindicato dos Bancários de Curitiba e a lei federal determina que as agências só podem abrir com dois seguranças em atividade. Assim que as agências que estavam abertas foram identificadas, a Polícia Federal (PF) solicitou o fechamento dos estabelecimentos.
Profissionais que trabalham no comércio também cruzaram os braços no domingo (3), mas não chegaram a prejudicar o funcionamento das lojas.
Abastecimento
A paralisação acontece em um dos momentos do mês de maior movimento nas agências, quando muitas contas estão para vencer e os salários de janeiro começam a ser depositados. Uma das opções dos clientes que precisam fazer pagamentos e saques urgentes é o uso dos caixas eletrônicos, que acumularam filas nos postos de auto-atendimento mais centrais da cidade.
De acordo com os bancos, não há risco de desabastecimento dos caixas. A Caixa Econômica Federal informou que, apesar do dinheiro que abastece as máquinas precisar ser transportado na presença de vigilantes, empresas terceirizadas estão realizando a operação normalmente.