Parte do transporte público em Portugal estava paralisada nesta quinta-feira, na mais recente manifestação contra os planos de reestruturação que integram as medidas de austeridade do governo. Em Lisboa, o metrô parou de funcionar à meia-noite e os serviços de ferry estavam parados na crucial hora do rush, durante a paralisação que deve durar 24 horas. Os trens e ônibus porém, funcionavam normalmente.
A greve, a terceira no país desde novembro, tem como objetivo "protestar contra o plano estratégico para o transporte", afirmou José Oliveira, coordenador da Federação para o Sindicato dos Transportes (FECTRANS), em entrevista à agência Lusa. No plano do governo há medidas como a redução no número de postos e cortes no salários, bem como "uma série de impactos negativos para a população, notavelmente o aumento nos preços de transporte e a redução nos serviços", afirmou Oliveira.
Portugal está realizando um plano de austeridade drástico, incluindo cortes nos salários do setor público e a elevação de impostos, como parte de um pacote de ajuda financeira da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Após Grécia e Irlanda em 2010, Portugal tornou-se o terceiro país da zona do euro a buscar um pacote de ajuda, em maio de 2011, quando não mais conseguia novos fundos a taxas sustentáveis nos mercados financeiros. As informações são da Dow Jones.