A greve de petroleiros contra o leilão de Libra e contra trabalhadores terceirizados entra em seu terceiro dia com uma adesão que fica em torno de 90% a 100% nas unidades da Petrobras, de acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Ao todo, 42 plataformas estavam paralisadas na Bacia de Campos, além de campos de produção terrestre na Bahia e 22 plataformas marítimas e campos terrestres no Rio Grande do Norte e refinarias, segundo os sindicalistas. Na madrugada de sábado, petroleiros que embarcariam na P-55, plataforma que entraria em produção neste final de semana na Bacia de Campos, aderiram à greve.
Trabalhadores de Garoupa, que estavam na escala de embarque de sexta-feira à noite, aderiram à greve. Segundo a Federação Nacional de Petroleiros (FNP), os trabalhadores do Litoral Paulista também decidiram entrar em greve na noite desta sexta-feira A federação pede reajuste salarial de 16,53%.
No Centro do Rio, dezenas de manifestantes permaneciam acampados na área próxima ao edifício-sede da estatal.
A FUP voltou a acusar a Petrobras de tentar manter a produção com equipes de contingência, colocando em risco os trabalhadores e a segurança das unidades. O sindicato afirma que a empresa impede a saída de trabalhadores que estavam embarcados antes da deflagração da greve e informa que houve vazamento nas plataformas PCE-1 (Enchova) e P-15. Procurada, a Petrobras nega que tenha praticado ato de coação dos empregados na Bacia de Campos.
Sobre os vazamentos, a Petrobras informa que, após análise técnica nas linhas do sistema de produção da plataforma de Enchova (PCE-1), não constatou vazamento de óleo. Em relação à plataforma P-15, foi identificado gotejamento de óleo, sem vazamento para o mar.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast