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Agências da Caixa e BB não têm atendimento presencial | Henry Milléo / Gazeta do Povo
Agências da Caixa e BB não têm atendimento presencial| Foto: Henry Milléo / Gazeta do Povo

Atendimento

Saques e depósitos têm de ser mantidos, reforça Procon-PR

Mesmo durante a greve, as agências têm de manter em dia serviços essenciais como o saque nos caixas automáticos (que precisam ser abastecidos com dinheiro) e os envelopes para depósitos. Atento à situação, o Procon-PR pretende apurar denúncias – feitas por bancos – de que funcionários que fazem esses serviços estariam sendo barrados nas agências por grevistas.

"Estamos apurando as informações. Cada um fala uma coisa, mas o Procon não vai servir de manobra para a greve. Nossa intenção é proteger o consumidor", diz a diretora do órgão, Claudia Silvano. Em agências de Curitiba há avisos para clientes sobre horários limitados para a compensação dos depósitos no dia por causa da greve.

O sindicato regional da categoria nega a denúncia, mas afirma que a redução de pessoal durante a greve pode dificultar o serviço. "A gente não pode entender, de forma tão simplória, que não pode ocorrer transtorno durante a greve. Isso infelizmente a greve causa, mesmo que não seja o que queremos ou busquemos", diz o presidente Elias Jordão. "Ainda há muitas agências abertas, então o estrangulamento não é tão grande como o Procon pensa".

A adesão dos bancários à greve nacional deflagrada na terça-feira continua bem maior em bancos públicos do que nos privados de Curitiba. As agências da Caixa Econômica e do Banco do Brasil (BB) estão todas sem atendimento presencial na Região Metropolitana (RMC), conforme a categoria. A exceção são postos de atendimento – como na Prefeitura, Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran) –, em que funcionários estão filtrando o atendimento, aceitando apenas clientes da instituição.

Clientes do HSBC, Itaú, Santander e Bradesco ainda tinham opções de atendimento em agências de bairros como Portão e Batel. Algumas unidades tinham adesivos relativos à greve nas fachadas, mas estavam funcionando. De modo geral, os caixas eletrônicos continuam disponíveis nas agências.

O presidente do sindicato da região, Elias Jordão, reconhece que a mobilização nos bancos estatais costuma ser maior do que em privados. Conta para isso, diz ele, as pressões pela manutenção do emprego e do cumprimento de metas.

No segundo dia de greve, afirma o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, o número de agências fechadas subiu de 145 para 238, entre as 532 da região. A abrangência da greve, então, passou de 31% no primeiro dia para 44% das unidades.

Mesmo em agências de bancos estatais, os gerentes continuaram prestando atendimento ontem, apesar de raramente atenderem ao público diretamente. Essa é a forma que aposentados e pensionistas têm encontrado para resolver problemas ao receber benefícios – como desbloquear cartões, por exemplo.

A função de orientação tem sobrado ainda para funcionários terceirizados e menores aprendizes, que trabalham normalmente em unidades do BB e da Caixa. A Gazeta do Povo consultou os dois bancos sobre o assunto, mas apenas a Caixa respondeu. Via assessoria de imprensa, o banco informou que incentivou as agências a manterem funcionários atendendo à população, só que a decisão continua sendo de cada unidade.

Adesão pelo país

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ontem foram fechados em todo o país 7.673 locais de trabalho, entre agências e centros administrativos. Terça-feira, o número era de 6.572 unidades, ou seja, houve um crescimento de 16,75%.

Entre as reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 12,5%, com a recomposição da inflação medida pelo INPC e aumento real de 5,8%, elevando o piso salarial a R$ 2.979,25. Também estão na pauta pontos como 14.º salário e participação nos lucros.

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