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França

Greve ferroviária se intensifica no quarto dia

A greve de ferroviários na França entrou no quarto dia neste sábado e uma solução não é esperada antes da greve dos funcionários públicos do país marcada para 20 de novembro.

Os ferroviários decidiram em votação, na sexta-feira, continuar seu protesto contra as reformas previdenciárias até pelo menos segunda-feira, apesar do pedido feito por um sindicato moderado pela volta ao trabalho e de uma oferta de negociações pela companhia ferroviária estatal, a SNCF.

A SNCF afirmou no sábado que espera que apenas 180 trens de alta velocidade, os TGVs, operem, comparado com 250 na sexta-feira e 700 em um sábado normal. As operações regionais e de carga e o metrô de Paris também enfrentaram paralisações.

A SNCF ofereceu aos sindicatos, na sexta-feira, um plano para examinar suas reivindicações, com uma primeira reunião marcada para 21 de novembro, um dia depois da data marcada para o início da greve de funcionários públicos e professores.

O jornal Le Monde publicou no sábado que o objetivo seria reunir todos os sindicatos para negociações "conclusivas" em 10 e 12 de dezembro.

Gesto de boa vontade

O governo insistiu que a greve deve terminar antes do início das negociações, mas um assessor do presidente Nicolas Sarkozy disse no sábado que um retorno "gradual" ao trabalho seria o suficiente.

"Não temos condições. Se há pessoas com boas intenções, as linhas de comunicação não serão cortadas. Há que haver um simples gesto de boa vontade", disse Raymond Soubie, assessor para assuntos sociais de Sarkozy, em entrevista à rádio Europe 1.

A greve começou na noite de terça-feira e se transformou em um braço-de-guerra sobre as principais reformas econômicas de Sarkozy.

Os sindicatos se opõem ao plano de acabar com privilégios de aposentadorias especiais que permitem que cerca de 500 mil funcionários públicos se aposentem recebendo salários integrais depois de pagar contribuições por 37 anos e meio, em vez dos 40 anos de outros setores.

O governo diz que os chamados "regimes de aposentadoria especiais" estão ultrapassados, são injustos e caros demais. Os sindicatos dizem que os benefícios são compensações por condições de trabalho difíceis.

As pesquisas de opinião mostram que a maioria dos franceses apóiam as reformas do sistema, mas com os protestos estudantis concomitantes, e com os funcionários públicos salientando a apreensão com o custo de vida, os protestos poderão se ampliar, caso a greve continue.

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