As companhias aéreas TAM e Gol, as duas maiores do Brasil, anunciaram nesta segunda-feira (30) o cancelamento dos voos com destino à Argentina, previstos para esta terça (31), por causa da greve nacional que deve paralisar os transportes no país vizinho.
Em comunicado, a TAM anunciou o cancelamento de 19 voos desde São Paulo, Rio de Janeiro e Assunção, no Paraguai, com destino às cidades argentinas de Buenos Aires, Córdoba e Rosário, assim como dos que sairiam dos aeroportos argentinos.
A companhia aérea justificou sua decisão pela “paralisação geral prevista para ocorrer nesse país na terça-feira” e disse que os passageiros com passagens para esses voos poderão reprogramar suas viagens para os próximos 15 dias, sem custo adicional.
A Gol, por sua vez, cancelou seis voos previstos para esta terça-feira com destino ou partindo da Argentina e informou que está entrando em contato com os passageiros para reacomodá-los em outros voos a partir de quarta-feira (1º).
Aerolineas
A Aerolineas Argentinas, que tem voos ligando o Rio de Janeiro a Buenos Aires, também emitiu comunicado informando que a greve poderá afetar a sua operação.
A empresa afirma que, por isso, aceitará troca de passagens de voos previstos para esta segunda (30) e também para terça (31) e quarta (1º), sem custos para os clientes. Ela também está oferecendo reembolso de 100% de tíquetes emitidos.
Mobilização
Os sindicatos dos trabalhadores de transportes da Argentina prometeram cruzar os braços por 24 horas contra o imposto que incide sobre os salários. Também deverão parar os trabalhares que fazem coleta de lixo na cidade de Buenos Aires, bancários e funcionários públicos.
Com a dificuldade de locomoção, é possível que outros serviços, como escolas e restaurantes, também sejam afetados nesta terça (31).
Os sindicatos pedem que o governo corrija o limite de isenção do imposto, atualmente em 15 mil pesos (cerca de R$ 3.500). Os trabalhadores afirmam que cerca de 2 milhões de empregados recolhem o imposto, enquanto o governo afirma que este número é de 850 mil.
Até esta segunda (30), o governo não deu sinais de que poderá ceder. Em entrevista a uma rádio local neste domingo, o ministro Axel Kicillof afirmou que são apenas 10% os trabalhadores que recolhem o imposto, os mais ricos.
Na semana passada, Kicillof disse que o imposto havia se transformado em um “fetiche” e que afetava a poucos trabalhadores. O movimento é organizado por sindicatos que fazem oposição ao governo de Cristina Kirchner e ocorre em um momento em que as forças políticas se organizam para as eleições presidenciais, cujas prévias serão em agosto.
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