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São Paulo

Funcionários da GM entram em greve após demissões em três fábricas

Greve na GM
Greve de funcionários vai afetar fábricas da GM no interior de São Paulo após demissões por e-mails e telegramas no fim de semana. (Foto: reprodução/Google Mapas)

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Funcionários de três fábricas da General Motors (GM) no Brasil iniciaram uma greve nesta segunda-feira (23) em protesto contra demissões anunciadas pela empresa no fim de semana por e-mails e telegramas. Os trabalhadores das unidades de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, reivindicam a revogação das demissões e estabilidade no emprego.

Em resposta às demissões, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos convocou uma greve por tempo indeterminado, com a única condição de retorno ao trabalho sendo o cancelamento de todas as demissões.

Valmir Mariano, vice-presidente do sindicato, declarou que “está declarada a guerra pelo cancelamento das demissões. O que a GM fez foi uma covardia e absoluto desrespeito aos trabalhadores e ao acordo assinado”, disse.

“Não vamos tolerar nenhuma demissão sequer. Vamos exigir dos governos federal e estadual medidas imediatas pelo cancelamento das demissões”, completou Mariano em nota. A paralisação foi aprovada em uma assembleia realizada nas primeiras horas do dia.

As três fábricas afetadas empregam milhares de trabalhadores. Em São José dos Campos, onde são produzidos os modelos S-10 e Trailblazer, cerca de 1,2 mil já estavam em layoff, uma suspensão temporária dos contratos de trabalho. São Caetano do Sul, responsável pelos modelos Spin, Tracker e Montana, emprega mais de 7 mil trabalhadores, enquanto a unidade de Mogi das Cruzes tem cerca de 500 funcionários e produz peças de montagem para a S10.

A GM alegou que as demissões são resultado da queda nas vendas e exportações e disse que tomou várias medidas, incluindo layoff e propostas de desligamento voluntário, antes de recorrer às demissões.

“Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”, disse a montadora.

A greve, aprovada pelos sindicatos dos metalúrgicos nas três unidades, continua por tempo indeterminado, enquanto os trabalhadores aguardam uma resolução em relação às demissões e à estabilidade no emprego.

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