A taxa de desocupação no mês de junho permaneceu estável nas regiões metropolitanas de Recife (6,3%), Salvador (7,9%), São Paulo (6,5%) e Porto Alegre (4%). Em Belo Horizonte (4,5%) houve redução desse indicador em 0,6 ponto percentual. Em Curitiba, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a taxa de desemprego foi de 4,1% índice inferior ao de maio (4,6%) e o segundo menor entre as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Excepcionalmente, o Instituto não divulgou ontem os números da Pesquisa Mensal de Emprego da região metropolitana do Rio de Janeiro, nem a taxa porcentual nacional. Foi a primeira vez, desde janeiro de 1980, início da série histórica do levantamento, que a pesquisa teve a divulgação interrompida. A taxa de desemprego é um dos referenciais para o Banco Central tomar o pulso da economia e decidir os rumos da taxa de juros.
Segundo o instituto, os números relativos ao Rio já foram coletados, mas não passaram pela apuração devido à greve no órgão, que teve início em junho. Os dados completos da pesquisa serão divulgados em "data ainda não definida", informa o IBGE. Em maio, a taxa de desemprego verificada pelo IBGE foi de 5,8%.
Ganhos
O rendimento médio real (descontada a inflação) apresentou queda de 0,4% em junho em São Paulo, enquanto foram registradas altas nas regiões metropolitanas de Recife (2,8%), Salvador (2%), Belo Horizonte (2,3%), e Porto Alegre (1,6%). Na comparação com junho de 2011, o rendimento cresceu em todas as regiões pesquisadas, com destaque para Recife, onde a variação positiva foi de 13,4%. Em números absolutos, no entanto, a ganho médio real da RMC continua o maior: R$ 1.901, 8,7% a mais que em junho do ano passado.
Já a Seade e o Dieese apuram os números em sete regiões: Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal.
Segundo o diretor do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima, a redução na taxa de Curitiba se deve à recuperação do emprego nos setores industrial e de serviços. "Os números do Paraná se mantêm positivos apesar do menor dinamismo verificado em indústrias vinculadas à produção de bens de capital."