A greve dos funcionários terceirizados que trabalham nas obras de reforma e ampliação da Refinaria Getúlio Vargas (Repar) e da Fosfértil, em Araucária, poderá acabar na segunda-feira. A informação é do presidente do Sindimont, um dos sindicatos envolvidos na mobiização, Antônio Lemos do Prado. Segundo ele, houve avanços nas negociações com o sindicato patronal, o Sindemon, durante a audiência de conciliação realizada ontem no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT9). "Estamos dispostos a negociar e, dependendo do que for acordado, poderemos encerrar a paralisação na segunda", afirmou Prado.
Inicialmente as empreiteiras propuseram reajuste salarial de 6%, cesta básica de R$ 60, entre outros benefícios para que a greve não começasse. Ontem foi oferecido aumento de 7%, criação de piso salarial de R$ 700 e cesta básica de R$ 70.
Emanoel Theodoro Salloum Silva, advogado de quatro dos 31 consórcios da Repar afirmou que a proposta pode ser melhorada. Silva disse que, para isso acontecer, os trabalhadores têm de desistir do pedido de 20% de reajuste salarial, que, segundo ele, é ilusório. "A situação econômica do país não comporta um reajuste nesses níveis. Reajuste de 20% não ocorreu em nenhum local do país", salientou o advogado dos quatro consórcios.