6,20% de reajuste no piso, este é o índice reivindicado pelos vigilantes de Curitiba, com base no INPC de 2012. O Sindicato patronal admite pagar o valor em três parcelas. A luta pelo adicional de 30% de periculosidade, antes no centro das discussões do movimento, perdeu força. O novo direito, garantido por lei em dezembro, ainda precisaria de regulamentação do MTE.
A greve dos vigilantes prossegue nesta terça-feira em Curitiba. A proposta apresentada pelo sindicato patronal de reajuste em três parcelas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 6,20%, foi mais uma vez rejeitada em assembleia no final da tarde de ontem. Os vigilantes da capital exigem que o reajuste seja pago em parcela única.
No interior do estado, o dia foi tranquilo, já que os vigilantes das outras cidades paranaenses aceitaram a proposta do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp), mediada pelo Ministério do Trabalho.
Já estaria acordado que o adicional de 30% por periculosidade seja pago aos profissionais só após a regulamentação da lei que determina o benefício, que ainda está para ser redigida. Por enquanto, os profissionais da cidade seguem recebendo um adicional de 15,5% combinado entre empresas e empregados.
Com a desavença, a maior parte das mais de 500 agências bancárias de Curitiba continuaram fechadas nessa segunda-feira. De acordo com o sindicato dos vigilantes, a adesão da classe foi total na cidade. Ainda assim, algumas agências abriram suas portas por alguns minutos na cidade, contrariando a recomendação do Sindicato dos Bancários de Curitiba e a lei federal que determina que as agências só podem abrir com dois seguranças em atividade. Assim que as cerca de seis agências que estavam abertas foram identificadas, a Polícia Federal solicitou o fechamento dos estabelecimentos.
Profissionais que trabalham no comércio também cruzaram os braços ontem, mas não chegaram a prejudicar o funcionamento das lojas.
Abastecimento
A paralisação acontece em um dos momentos do mês de maior movimento nas agências, quando muitas contas estão para vencer e os salários de janeiro começam a cair. Uma das opções dos clientes que precisam fazer pagamentos e saques urgentes é o uso dos caixas eletrônicos, que acumularam filas nos postos de auto-atendimento mais centrais da cidade.
De acordo com os bancos, não há risco de desabastecimento dos caixas. A Caixa Econômica Federal informou que, apesar do dinheiro que abastece as máquinas precisar ser transportado na presença de vigilantes, empresas terceirizadas estão realizando a operação normalmente.
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