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Paraná

Greve obriga Correios a suspender serviço de entregas rápidas

Os Correios suspenderam os serviços de entrega rápida em todo Paraná nesta quarta-feira (16), em razão da greve dos carteiros. Os trabalhadores decidiram cruzar os braços na noite de terça-feira (15). A greve não afetou o atendimento nas agências. Em assembleia às 17 horas, os trabalhadores decidiram manter a paralisação. Uma nova reunião foi marcada para as 10 horas de quinta-feira (17).

Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, os serviços temporariamente suspensos são de Sedex 10, Sedex Hoje, Disk-Coleta. Envios por Sedex comum ainda são aceitos pelas agências, mas os clientes são informados que há possibilidade de atraso da entrega das encomendas.

O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) informou que aproximadamente 4 mil trabalhadores do setor de separação e entrega de correspondências, o que corresponde a 90% da categoria no estado. O levantamento da empresa aponta uma adesão bem menor que a apurada pelo sindicato. Segundo os Correios, 40% dos carteiros entraram em greve no estado.

Um grupo de trabalhadores está acampado em frente a sede estadual dos Correios, na Rua João Negrão, em Curitiba, desde a noite de terça-feira. Eles prometem uma caminhada na manhã de quinta-feira (17) até a Boca Maldita.

Reivindicação

Os trabalhadores dos Correios reivindicam um índice bem diferente de reposição salarial – 41,03%, que corresponderia a perdas ocorridas desde agosto de 1994. Outros pedidos são de aumento linear de R$ 300 no piso salarial da categoria, que é de R$ 640, além de segurança armada e portas giratórias nas agências e redução da jornada de trabalho.

2008

Em 2008, trabalhadores dos Correios realizaram duas paralisações de nível nacional. Em abril, os carteiros ficaram parados por cinco dias, entre 1º e 5, para reivindicar um aumento no repasse de participação nos lucros, além de adicional de periculosidade. O movimento grevista foi encerrado depois que a direção da empresa se propôs a instituir uma comissão para discutir os repasses, e prometeu resposta em 90 dias.

Passados os 90 dias, no dia 1º de julho, sem uma resposta, os empregados voltaram a paralisar as atividades. A nova greve durou 21 dias e foi encerrada com um acordo por meio do qual a ECT se comprometeu a pagar os 30% do salário-base para 43 mil carteiros que trabalham na distribuição e coleta externa, que a categoria solicitava como adicional de risco. A empresa afirmou ainda que não descontaria os dias parados dos vencimentos dos trabalhadores, que seriam compensadas por banco de horas. Durante o período de paralisação, estima-se que três milhões de correspondências deixaram de ser entregues em Curitiba.

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