Uma greve geral paralisou a Grécia nesta quarta-feira, quando milhares de manifestantes tomaram as ruas, enquanto o Parlamento se prepara para votar profundos cortes do setor público e a polícia se prepara para usar violência para conter os protestos.
Os manifestantes começaram a se concentrar em frente ao Parlamento assim que o dia começou, e grupos de trabalhadores reuniram-se em pontos em toda a capital antes de uma manifestação em massa mais tarde no dia.
O primeiro-ministro, George Papandreou, fez um apelo pelo apoio dos gregos antes da votação do pacote de austeridade nesta quarta-feira, que inclui aumentos de impostos, cortes salariais e demissões, exigido pelos credores internacionais que têm pressionado Atenas para medidas mais duras.
Sindicatos que convocaram a greve geral para coincidir com a votação dizem que esperam uma das maiores ações nos dois anos desde o início da crise financeira da Grécia, que agora ameaça se espalhar pela zona do euro.
O clima era hostil entre os manifestantes. Sindicatos, oposição e alguns economistas dizem que as medidas só irão conduzir a Grécia a uma maior recessão. Muitos pediram a queda do governo socialista de Papandreou.
"Queremos que eles saiam, porque eles só podem nos trazer miséria", disse Dina Kolovou, de 46 anos de idade, trabalhador municipal. "Este vai ser um enorme protesto."
A greve de 48 horas fechará departamentos governamentais, empresas, serviços públicos e até mesmo fornecedores de bens cotidianos, como lojas e padarias. Cerca de 150 voos domésticos e internacionais foram cancelados.
As autoridades disseram que 5.000 policiais foram mobilizados em Atenas, com outros 2.000 em reserva.
A Grécia tem visto confrontos violentos durante as manifestações ao longo da crise, culminando em junho em dois dias de confrontos entre manifestantes e polícia, quando a Praça Syntagma, à frente do Parlamento, foi envolta em nuvens de gás lacrimogêneo.
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