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Tira-dúvidas

Como pagar o licenciamento de veículos, se ele só é aceito no Banco do Brasil e nem todos são correntistas deste banco?

O Detran-PR informa que a greve não afetou as agências do Banco do Brasil localizadas dentro do órgão. Nesses locais é possível realizar o pagamento do licenciamento do veículo, bem como do IPVA e outros tributos. A recomendação para as pessoas que precisem pagar os tributos é ir a esses locais o mais rápido possível, porque não há garantias de que as agências continuarão abertas nos próximos dias. O órgão lembra, porém, que apenas as taxas referentes ao Detran podem ser pagas nas agências e outras contas não serão aceitas.

Em Curitiba, as agências estão localizadas na sede administrativa do Detran-PR (Av. Victor Ferreira do Amaral, 2.940 – Capão da Imbuia), no posto do Hauer (Rua Frederico Maurer, 1.748) e no posto central (Rua João Negrão, 246 – Centro). Mais informações: 0800-6437373.

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A adesão ao movimento dos bancários ganhou força no segundo dia de greve e quase metade das agências da Grande Curitiba estavam fechadas nessa quarta-feira – entre elas, todas as unidades da Caixa e do Banco do Brasil na capital não abriram para o público ontem. As negociações não avançaram e a previsão dos bancários é que a paralisação continue por tempo indeterminado.

Em Curitiba e região metropolitana 252 das 509 agências (49% do total) estavam fechadas, além dos 13 centros administrativos. Dos 17,9 mil profissionais que atuam na Grande Curitiba, 13,5 mil, ou 75% deles, cruzaram os braços. Em Ponta Grossa, das 48 agências bancárias, 30 fecharam. Em Maringá, segundo o presidente do sindicato local da categoria Claudecir de Souza, pouco mais de 90% das 60 agências pararam. "Essas poucas agências abertas são as dos bairros. Todas as localizadas no centro fecharam", confirmou. Em todo o estado 30% das agências ficaram fechadas ontem e 56% dos 30,8 mil funcionários aderiram à greve.

"Nos dois primeiros dias os bancos fazem um teste, para ver se adesão aumenta. Está crescendo o número de bancários em greve e agências fechadas, mas ainda não tivemos nenhuma proposta", pondera Antonio Luiz Fermino, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

No país como um todo, um levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) apontou uma adesão de 42%, num total de 7.324 agências.

Os bancários pedem um reajuste salarial de 10,25% (ganho real de 5%), piso salarial equivalente ao calculado pelo Dieese, no valor de R$ 2.416,38 (contra os atuais R$ 1,4 mil), participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, plano de cargos e salários, elevação para R$ 622 nos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13.ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.

A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), por outro lado, prevê reajuste salarial de 6%, correspondente à reposição da inflação e aumento real.

Colaboraram Marcus Ayres e Derek Kubaski, especial para a Gazeta do Povo

Oferta dos bancos fica abaixo da inflação

A oferta dos bancos, nos últimos nove anos, ficou abaixo da inflação no acumulado do período. Entre 2003 e 2011 o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) somou 76,3%, enquanto a proposta original dos bancos ficou, no acumulado do período, em 66,2% – 5,7% menor que a inflação.

A partir de 2003, quando o reajuste estabelecido aos bancários foi menor que a inflação, os profissionais que atuam em banco pararam todos os anos. Como resultado, no acumulado no período, tiveram uma correção acumulada de 90,8% – 8,2% de ganho real durante os nove anos. "O banqueiro só visa o lucro e as propostas têm a intenção de dar cada vez mais lucros a eles. Só com a greve é que conseguimos avançar e ter ganhos salariais", ressalta Antonio Luiz Fermino, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

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