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Perto de completar três semanas, as greves dos bancários e dos trabalhadores dos Correios em Curitiba têm seus efeitos atenuados por liminares obtidas na Justiça pelos patrões de ambas as categorias. Nos bancos, o número de agências fechadas diminui desde sexta-feira (27), como efeito de interditos proibitórios obtidos por Bradesco, Itaú e HSBC. Ainda na sexta, os trabalhadores dos Correios foram proibidos de realizar piquetes nos centros de distribuição e o movimento da capital migrou para a região metropolitana.

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Os Correios têm, ainda, promovido mutirões no fim de semana para entregar encomendas em atraso. O principal gargalo, as encomendas internacionais, que estavam prejudicadas devido a manifesto em uma unidade no bairro Parolin, em Curitiba, foi resolvido a partir da decisão judicial. Mesmo assim, 953 mil objetos postais continuam em atraso em todo o estado, com adesão de 10,07% dos funcionários, segundo a empresa.

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Nesta terça-feira, Luiz Henrique Ferreira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), diz que diversos prédios da empresa na região metropolitana estão com os serviços prejudicados. "Temos grupos de convencimento em São José dos Pinhais, Araucária, Fazenda Rio Grande e Campo Largo. A greve aumenta no interior mais do que na região de Curitiba. Temos de 60% a 70% dos funcionários da área operacional parados no estado." Ferreira não soube dizer a quantidade de trabalhadores que a porcentagem representa.

Bancos

Na quinta, 339 agências fecharam na Grande Curitiba. Já na sexta (27) o número diminuiu para 284 e, na segunda-feira (30), chegou novamente a 339. A oscilação ocorreu após a obtenção de interditos proibitórios por Itaú, Bradesco e HSBC. Apesar de as proibições determinarem que os funcionários não possam ser impedidos de entrar para trabalhar, parte das agências dessas três entidades permaneceu de portas fechadas já na sexta. Esse número aumentou na segunda. Um balanço detalhado deve ser divulgado ao longo desta terça com a atualização do dia.

Negociações

Os bancários estão em greve em todo o país por tempo indeterminado desde o dia 19 de setembro, em protesto por melhoria salarial. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu reajuste de 6,1% à categoria, mas a proposta foi rejeitada. Os sindicatos exigem aumento de 11,93%, além de melhores condições de trabalho. Há ainda a exigência de um piso para a categoria, de R$ 2.860,21. Eles pedem, entre outras coisas, planos de cargos de salários para todos os trabalhadores e fim das demissões em massa.

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Nos Correios, a federação que engloba os sindicatos da categoria que estão em greve enviou na última semana uma contraproposta à empresa. Os Correios ainda não se pronunciaram oficialmente a respeito das novas demandas. No caso de não haver acordo, a greve deve acabar apenas com decisão da Justiça. Há previsão de um julgamento de dissídio coletivo para o dia 14 de outubro, data que pode ser antecipada.

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