A gripe suína pode ter um impacto significativo sobre o tráfego aéreo, alertou hoje a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), ao divulgar que a taxa de ocupação ficou em média em 72,1% em março deste ano, uma variação 5,4 pontos porcentuais abaixo da registrada em igual mês do ano passado. Segundo a associação, a demanda de passageiros caiu 11,1%, na mesma base de comparação.
"Ainda é cedo demais para julgar que impacto a gripe suína terá sobre o lucro líquido (das companhias aéreas)", disse o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani. "Mas é claro que qualquer coisa que abale a confiança dos passageiros tem um impacto negativo sobre os negócios", acrescentou. "E o momento não poderia ser pior, tendo em vista todos os outros problemas econômicos que as companhias aéreas estão enfrentando (em meio à crise global).
As companhias aéreas reduziram em 4,4% a capacidade do tráfego internacional de passageiros no mês passado. "As operadoras não podem ajustar a capacidade para atender à demanda", disse Bisignani. "As taxas de ocupação despencaram em comparação com as do ano passado. Tudo isso está atingindo fortemente a receita." A comparação é ruim também porque, no ano passado, a Páscoa aconteceu em março, enquanto neste ano foi em abril.
Regiões
As companhias aéreas da Ásia Pacífico tiveram o pior desempenho, registrando queda de 14,5% da demanda de passageiros em março e redução de 9,3% da capacidade. A região é particularmente afetada pela forte diminuição da procura por viagens de longa distância. A demanda de passageiros por voos internacionais na América do Norte caiu 13,4% e na Europa, 11,6%. Na América Latina, a queda da demanda foi de 5,9%, enquanto a capacidade cresceu 2,2%.
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