O grupo Boticário fechou a Skingen Inteligência Genética, empresa que foi aberta há 16 meses e atuava no tratamento contra o envelhecimento da pele. A sede da empresa, que funcionava na Avenida Silva Jardim, no Batel, já foi desocupada. Representantes comerciais da marca têm visitado consultórios médicos para comunicar o encerramento das atividades.
Especializada em biotecnologia, a Skingen elaborava cremes personalizados, baseados em dados do perfil genético dos pacientes. Mas os altos custos um creme de 50 gramas poderia custar até R$ 1 mil teriam sido um dos motivos para o encerramento das atividades.
Procurado pela reportagem, o grupo Boticário confirmou que deu início em maio ao encerramento das atividades. Em nota, a empresa afirmou que "no primeiro ano de atuação, premissas importantes do modelo de negócio não se materializaram, comprometendo o potencial de retorno dos investimentos".
Segundo o comunicado, em função das diferenças no modelo de negócio (canais de vendas, aspectos regulatórios e ciclo de vida dos produtos, entre outros), quando comparado aos de suas outras unidades, o grupo decidiu focar seus investimentos no varejo de perfumaria e cosméticos.
A Skingen era uma das grandes apostas de expansão do grupo Boticário, que nos últimos dois anos investiu ainda na abertura de outras empresas Eudora, quem disse, Berenice? e The Beauty Box todas ligadas ao setor de beleza e perfumaria.
Lançada em fevereiro de 2012, a Skingen surgiu a partir de estudos do Laboratório de Biologia Molecular (Labim), ligado ao grupo, que desde 2010 pesquisou cerca de 20 mil genes, coletados de amostras de pacientes de 18 a 80 anos, e identificou os que atuam diretamente nos processos que causam sinais da idade.
Além da capital paranaense, a Skingen tinha planos de atuar em São Paulo capital e algumas cidades do interior e nas cidades do Rio de Janeiro, Florianópolis, Vitória, Goiânia e Brasília.
A Skingen era composta de duas divisões, a Lab, para exame genético, junto com dermatologistas, e a Pharma, para manipulação dos produtos prescritos pelos médicos. Segundo o grupo Boticário, que não revela quantos funcionários trabalhavam na unidade, os profissionais e equipamentos da Skingen foram realocados para a fábrica de São José dos Pinhais e para o novo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do grupo.
16 meses foi o tempo que a empresa permaneceu aberta. Em nota, o grupo Boticário afirmou que "premissas importantes do modelo de negócio não se materializaram, comprometendo o potencial de retorno dos investimentos".