O Grupo NZN, detentor de sites como Baixaki, TecMundo e Superdownloads, anunciou a fusão com o site líder em games criados especialmente para o público infantil, Click Jogos. Também faz parte do acordo a entrada do fundo de investimentos americano HIG Capital. Com a nova parceria, o grupo passa a atingir 36 milhões de usuários únicos, com um total de 1 bilhão de pageviews mensais. O valor do negócio e a participação do fundo não foram revelados.
A ideia da união é ter capacidade de aquisição de novos negócios por parte das empresas. O fundo HIG Capital conta com mais de 15 bilhões de dólares em caixa para este tipo de investimentos. "Temos um plano de expansão bastante agressivo para os próximos anos, com várias frentes de atuação e uma série de aquisições no nosso radar. Com a sociedade com o HIG, teremos fôlego para realizar este planejamento", explica o CEO do grupo NZN, Gui Barthel, que vai se manter no comando da fusão. Ao todo, a negociação levou um ano e foi concretizada neste mês.
Para o futuro, o objetivo da parceria é o de se tornar um dos quatro maiores grupos de mídia do Brasil até 2020. O plano também compreende a abertura de capital em bolsa nos próximos cinco anos. Atualmente, somente com a soma das audiências das duas empresas, a companhia já detém a nona maior audiência online do país.
Liderança
Segundo Barthel, a parceria com o Click Jogos foi uma estratégia para assumir a liderança em um segmento que as empresas do Grupo NZN não conseguiam penetrar. "Eles são muito fortes com o público infantil. Já tínhamos tentado concorrer neste mercado, mas a liderança do Click Jogos sempre foi muito forte. Como sempre houve uma sinergia de pensamento, chegamos a um acordo de fusão", afirma o CEO da NZN. Andreas Dieges, fundador do Click Jogos, ficará responsável por coordenar as novas tecnologias, produtos e inovações do grupo. O Click Jogos foi criado há dez anos e conta com aproximadamente 20 mil jogos para PC, tablets e celular.
Não está nos planos da fusão criar um único portal com todos os conteúdos integrados. A ideia é manter o atual modelo de plataformas verticais. "No Brasil isso é mais incomum, mas nos Estados Unidos temos uma série de exemplos de grupos que trabalham deste modo e têm muito sucesso", afirma.