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Rede Dudony tinha 110 lojas no Paraná e em São Paulo |
Rede Dudony tinha 110 lojas no Paraná e em São Paulo| Foto:

O Baú Crediário, do Grupo Silvio Santos, é o novo dono da rede paranaense de lojas Dudony, que tem 110 lojas no Paraná e em São Paulo. A venda da varejista é parte de seu plano de recuperação judicial, que foi aprovado ontem em assembleia de credores que ocorreu em Maringá, no Norte do estado. Pelo acordo, o Baú vai assumir a Dudony por R$ 33 milhões – R$ 25 milhões serão usados para dívidas com credores e R$ 8 milhões para saldar contas administrativas firmadas antes da venda.

Votaram a favor do negócio 75,7% dos 240 credores (pessoas físicas e jurídicas) com valores a receber da empresa. Destes, 85 têm créditos de, no máximo, R$ 20 mil, e receberão os valores integralmente. A dívida da rede varejista, no entanto, é de quase R$ 105 milhões, e os grandes credores tiveram de aceitar o deságio proposto e vão receber apenas parte de seus créditos.

De acordo com diretor jurídico da Dudony, Cleverson Colombo, os bancos HSBC, Bradesco e Itaú Unibanco, que eram minoria, votaram contra a proposta. Só o Itaú Unibanco teria cerca de R$ 5 milhões a receber da varejista.

Em frente ao local onde foi realizada a assembleia, um grupo de funcionários da empresa organizou uma manifestação pedindo a aprovação da recuperação judicial. Caso a proposta não fosse aceita, a Dudony poderia ter a falência declarada, com possibilidade de demissão em massa. O diretor de varejo do Grupo Silvio Santos, Décio Thomé, afirmou que os cerca de mil funcionários da rede serão mantidos.

Uma dessas funcionárias, Roberta Perioto, conta que trabalha no setor de marketing da Dudony há três anos e meio. "Embora não tenham passado comunicado oficial, o Baú já havia sinalizado que se interessava em manter os funcionários. Vamos esperar as próximas definições", disse ela.

Histórico

A dívida da Dudony, de R$ 104.919.331, contraída principalmente com instituições financeiras e fornecedores de produtos de linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e linha marrom (móveis), obrigou a empresa a entrar, em dezembro de 2008, com o pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Cível de Maringá.

No final de fevereiro, a rede já havia colocado à venda as lojas do grupo no estado de São Paulo, mas não encontrou interessados.

Com o negócio, o Grupo Silvio Santos contará com 130 lojas.

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