A Avianca Brasil, em recuperação judicial, não poderá mais decolar do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a partir desta sexta-feira (12), a menos que realize o pagamento à vista das tarifas de embarque à concessionária GRU Airport.
A companhia aérea já foi notificada da mudança do critério de cobrança das tarifas, segundo nota da GRU.
Pela lei, as empresas aéreas cobram as taxas dos passageiros, mas devem fazer o repasse integral aos operadores dos terminais. A Avianca, porém, tem atrasado os repasses às concessionárias dos principais aeroportos onde opera.
Os atrasos chegam a acumular até oito meses, segundo pessoas familiarizadas com os casos.
Nesta terça-feira (9), a Floripa Airport, subsidiária do Grupo Zurich que administra o terminal de Florianópolis, chegou a anunciar que "devido à crescente inadimplência da Avianca Brasil", poderia interromper os voos da companhia a partir do dia 12 de abril, mas chegou a um acordo com a empresa na quinta-feira (11).
A aérea enfrenta um inquérito policial por conta de uma dívida de R$ 10 milhões com a Vinci, que administra o aeroporto de Salvador, também relativa à inadimplência de taxas de embarque.
A concessionária tem exigido o pagamento antecipado e diário dos voos da Avianca para permitir a decolagem. As partidas desta sexta (12) já foram pagas.
Situação semelhante ocorreu com a Fraport Brasil, que opera os aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza. Procurada, a Avianca diz "está tomando todas as medidas necessárias".