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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado (28) que já passa de R$ 750 bilhões a soma de todas as medidas do governo anunciadas até agora frente à pandemia do novo coronavírus e que este valor pode aumentar.
Em videoconferência com o presidente da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, e outros funcionários da corretora, Guedes ainda desmentiu sua saída da pasta e afirmou que o Brasil será o "primeiro a sair dessa confusão [em referência à pandemia], pois já estava decolando".
"No total, estamos injetando R$ 500 bilhões para girar na economia brasileira nos próximos três meses", disse Guedes, além de afirmar que o Brasil ingressou na pandemia do novo coronavírus em um momento diferente do de outros países no mundo - enquanto a atividade global desacelerava, o PIB brasileiro estava em uma jornada de expansão.
"Do ponto de vista da economia, países estão em condições diferentes. O mundo era um avião descendo, e coronavírus acelerou a queda. O Brasil entra na pandemia em ponto diferente do mundo no ciclo econômico", disse.
Guedes alertou no entanto que o pacote de estímulo pode levar o déficit primário (a soma de receitas menos despesas, excluído o pagamento de juros da dívida) a 4,8% do PIB, mas que isso não será um problema, por se tratar de uma situação excepcional. O ministro ressaltou, em vários pontos da conversa, que as reformas permitirão ao Brasil enfrentar este e outros futuros choques, sejam eles de saúde pública, ambientais ou até mesmo uma guerra.
"Daqui quatro, cinco meses, vamos retomar o crescimento. O Brasil vai dar exemplo de novo e será o primeiro a sair dessa confusão, pois já estava decolando", disse. "Vamos combater o meteoro [...] retomar as estruturantes nesse ano mesmo", disse ele. "O Brasil está apontando pra cima, e eu tenho certeza, o Congresso estava embalado com as reformas", completou.
Despejado
Quanto aos rumores sobre sua possível saída do ministério, Guedes afirmou que não passam de "boataria" e "conversa fiada; da oposição". "Como é que eu vou deixar o país no momento mais grave, sabendo que eu tenho condição de ajudar?", afirmou o ministro.
No momento, Guedes está no Rio de Janeiro porque foi "despejado" do hotel em que morava em Brasília desde o início do governo Bolsonaro. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o hotel suspendeu temporariamente seus serviços.
"Quando soube que eu fiquei sem hotel, o presidente Jair Bolsonaro disse para eu ficar na Granja do Torto", disse. A partir de amanhã, ele deve se instalar novamente em Brasília, com a família.