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PIB

Guedes diz que Brasil vai crescer mais que a China pela primeira vez em 42 anos

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento em Brasília em junho (Foto: EFE/Joédson Alves)

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o crescimento econômico do Brasil em 2022 será maior que o da China e que isso irá ocorrer pela primeira vez em 42 anos. A declaração foi dada na terça-feira (27) durante a entrevista de quase cinco horas ao Flow Podcast.

“Vai ser a primeira vez em 42 anos que o Brasil vai crescer mais do que a China [...] Estamos crescendo mais do que eles, estamos com a inflação mais baixa do que eles. Tivemos, agora, nesse trimestre, a maior deflação da história, três meses seguidos”, afirmou Guedes, segundo declaração publicada pela CNN.

De acordo com informações doValor e da CNN, a projeção do Banco Mundial para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China é de 2,8% neste ano. Já a estimativa oficial do Ministério da Economia é de que o do Brasil será de 2,7%. Apesar disso, o ministro afirmou que o país já registra crescimento de 2,8% no momento e que conseguirá superar a China até o fim do ano.

Teto de gastos

Na mesma entrevista, Guedes criticou a forma como a política do teto de gastos foi construída. Segundo ele, o "piso" sobe a todo momento por causa das despesas obrigatórias e isso acaba comprimindo os gastos contra o teto.

Ele também classificou como “fake news” as afirmações de que o governo federal teria furado o teto. Segundo a CNN, o ministro destacou que durante a pandemia houve aumento das despesas em razão do pagamento do auxílio emergencial e outras despesas, mas que os gastos públicos voltaram a cair.

“O teto é para não deixar o governo federal inchar. Não estou inchando o governo federal, estou dando dinheiro para a população brasileira, para salvar a população brasileira. Sabe o que aconteceram com os nossos gastos? Saíram de 19% do PIB para 26,5%, para ajudar a população brasileira. No ano seguinte, 18,7%, voltou tudo. Então, nós cumprimos a nossa missão, salvamos a população brasileira”.

Segundo dados do Tesouro Nacional, o governo federal destinou R$ 524 bilhões ao enfrentamento da pandemia em 2020, em várias iniciativas. Desse total, R$ 293 bilhões foram utilizados no pagamento do auxílio emergencial.

No início de agosto, Guedes afirmou que o governo violou o teto de gastos para ajudar os mais necessitados. "Vocês violaram o teto? A resposta é sim, nós violamos o teto. O teto é para impedir o crescimento do governo, porque nós somos liberais e nós queremos reduzir o peso do governo. Então, o teto é para não deixar subir o governo. Aí chega uma doença, eu tenho que transferir dinheiro para as pessoas. Eu estou fazendo o governo crescer? Não, eu estou dando um auxílio para os mais frágeis", disse Guedes em palestra no evento Expert XP 2022.

No ano passado, para não furar o teto de gastos, o governo articulou com o Congresso a aprovação de uma emenda à Constituição que, além de mudar as regras do mecanismo, também adiou o pagamento de boa parte dos precatórios (dívidas do governo reconhecidas em definitivo pela Justiça). A manobra elevou em R$ 108 bilhões o total de gastos permitidos ao governo neste ano eleitoral.

Mais recentemente, o governo também excluiu do teto de gastos a despesa com a ampliação do Auxílio Brasil, que foi de R$ 400 para R$ 600, e com outros gastos temporários, como vouchers para caminhoneiros e taxistas e a duplicação do vale-gás.

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