O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que existe uma certa frustração pelo fato de o governo federal não ter conseguido realizar as privatizações almejadas de empresas públicas. No começo da gestão, a expectativa era arrecadar R$ 1 trilhão com a venda de estatais federais. Segundo Guedes, houve dificuldades por parte dos responsáveis pelo projeto no governo e também a questão não foi pautada pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PSDB-RJ). O ministro atribuiu a postura de Maia a um acordo com a esquerda. As declarações foram dadas durante um evento com investidores em São Paulo na quarta-feira (17).
"Fica uma frustração das privatizações. Vendemos R$ 260 bilhões de subsidiárias. Na Petrobras vendemos subsidiárias e conseguimos vender a Eletrobras. A política é que vai te abrindo janelas de oportunidade. Você sabe o que quer fazer, mas não consegue fazer. Em todas as dimensões andamos um pouco", afirmou Guedes no evento, de acordo com declaração publicada pelo jornal Correio Braziliense.
Na mesma ocasião, o ministro da Economia falou sobre a situação de países vizinhos que elegeram governos de esquerda e disse que a América Latina está “desmanchando”. Segundo ele, o Brasil não está nessa condição porque aprovou a Reforma da Previdência no primeiro ano do governo Bolsonaro.
“Se não tivéssemos feito a reforma da Previdência, de olho no fiscal, no primeiro ano de governo, o Brasil tinha dissolvido como a Argentina, que está indo no mesmo caminho da Venezuela. A América Latina está desmanchando”, disse o ministro, segundo O Globo.
Aos investidores, Guedes salientou ainda que a inflação no Brasil está cedendo e que a pandemia atrapalhou o crescimento econômico. Mas, segundo ele, muitos analistas previam recessão no país, pois usam modelos antigos e que isso não se confirmou.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast