Curitiba Há muito tempo os curitibanos vem acompanhando e comemorando uma disputa entre as farmácias da cidade para oferecer o menor preço. Nesta semana, em especial, os descontos que se mantinham em cerca de 30% chegaram a até 42% em algumas redes da cidade. Por isso, quem tem tempo e paciência para pesquisar, pode garantir uma boa economia na hora de comprar remédios.
A Multifarma, por exemplo, começou a semana oferecendo 40% de desconto para todos os medicamentos. Na quinta-feira, o porcentual em algumas lojas subiu para 42%, para acompanhar a concorrência. Segundo a gerente de marketing da rede, Micheli de Lara Pamplona, o benefício é oferecido para todos os clientes e não é necessário ter o cartão fidelidade da marca. A princípio a promoção acaba hoje. "As expectativas são boas. Aumenta as vendas, mas ainda não sabemos a porcentagem."
No caso da Nissei, o desconto é oferecido mensalmente, também 42%, mas apenas para aposentados, pensionistas e pessoas com mais de 55 anos, portadoras do Cartão Fidelidade da farmácia. "Em alguns casos, o porcentual é menor, porque os laboratórios não dão descontos mesmo para grandes compras", afirma o consultor de marketing da Nissei, Nélson Goulart. "Nossa promoção de medicamentos é sempre entre os dias 1.º e 7 de cada mês, mas de 8 a 30 continuamos com o menor preço."
De acordo com o gerente comercial da Drogamed, Márcio André Oliveira, na próxima semana a rede vai oferecer descontos em produtos de higiene e beleza. Dependendo do produto anunciado, as ofertas elevam de duas a três vezes o volume de vendas das lojas, segundo estima o gerente.
Graças a muita pesquisa e aos olhos atentos a essas promoções, a dona de casa Izabel Fraiz diz que consegue economizar até R$ 30 por mês. "No bairro onde moro tudo é caro e não tem quase desconto. Então, venho para o Centro só para aproveitar as promoções." A professora aposentada Elga Lazzarotto e o marido tomam remédios de uso contínuo. Para que eles não afetem demais o orçamento da família, ela diz que observa os preços com cuidado. "Eu costumo pesquisar o preço porque tomo remédio todos os dias e esse desconto que as farmácias estão dando vale a pena mesmo."
Contraponto
Enquanto as concorrentes se enfrentam na mídia, a rede Maxifarma prefere o silêncio, segundo um de seus diretores, o farmacêutico Ricardo Cézar Colauto. "Não entramos na briga direta. Preferimos negociar com o cliente e é quase certo que consigamos cobrir a oferta", diz. A estratégia adotada pela rede está na orientação. "Em alguns casos o cliente tem uma opção de genérico, por exemplo, cujo preço é 40% menor, e ainda oferecemos um desconto sobre esse valor."
A briga direta, segundo Colauto, fica restrita aos itens de perfumaria e higiene. "Nestes produtos trabalhamos fortemente com desconto, pesquisas de mercado para garantir preço e campanhas publicitárias." Até o dia 8 a rede vende alguns itens por R$ 1.
A rede Ultramed trabalha com descontos diferenciados que, segundo o assessor de comunicação Rodrigo Miller podem chegar a 50%. "É impraticável trabalhar com 42% em todos os itens, pois a margem bruta da farmácia é de 26% de desconto, com exceção de alguns casos em que o laboratório faz campanhas promocionais", diz. O assessor acredita que a guerra entre as redes é inviável a médio prazo.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião