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A operadora de telefonia GVT vai investir entre R$ 450 milhões e R$ 500 milhões em 2009 no seu plano de expansão, que vai incluir a entrada em uma grande capital, segundo o vice-presidente financeiro da companhia, Rodrigo Ciparrone. Embora a empresa não revele o nome da cidade, o mercado acredita que há grandes chances de a GVT finalmente fazer sua estreia no mercado residencial em São Paulo.

Apesar do projeto de expansão, a GVT estabeleceu uma meta de crescimento de 20%, abaixo da média recente de 30%. Os investimentos programados também estão abaixo do que foi previsto em 2008 (R$ 700 milhões). "Quando o mercado começou a degringolar, em setembro, vimos que tínhamos que ajustar o crescimento da GVT a esse novo cenário", diz ele. "Mas ainda assim crescer 20% é um avanço robusto para a GVT se comparado a uma economia que deve crescer no máximo 3%, 4%", diz o executivo.

Ciparrone afirma que o mercado corporativo deve ser o mais afetado pela crise, já que as empresas devem frear investimentos. Para o segmento residencial, porém, a GVT não vê grandes alterações. "O telefone e a internet estão entre os custos que o consumidor demora mais para cortar. Além disso, o avanço da portabilidade deve ampliar a carteira de clientes", diz.

A empresa, que tem sede em Curitiba, encerrou o terceiro trimestre de 2008 com 1,74 milhão de linhas. Entrar no mercado paulistano representaria um novo salto. Para bancar a expansão até 2011, a GVT acaba de obter um empréstimo de R$ 615,9 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desse total, R$ 250 milhões acabam de entrar no caixa.

Nos últimos 15 meses, a empresa lançou operações em várias cidades como Belo Horizonte, Contagem e Betim (MG) e Salvador. Além disso, houve ampliação da rede na área original de atuação, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Acre, Tocantins, Rondônia e Distrito Federal. O número de cidades atendidas cresceu de 62 em fevereiro de 2007 para 80 atualmente.

Segundo Ciparrone, outro foco é preservar o caixa – hoje em R$ 344 milhões – para enfrentar o cenário menos favorável em 2009. A empresa vai procurar alternativas para minimizar os efeitos da alta do dólar sobre seus negócios, o que poderá incluir conversas sobre renegociação da dívida de US$ 185 milhões, com vencimento em 2011. Em função da variação cambial, a GVT apresentou um prejuízo líquido de R$ 9,6 milhões no terceiro trimestre.

A GVT também está preocupada com os custos dos equipamentos que são atrelados ao dólar. A forte valorização da moeda americana levou a empresa a abrir uma rodada de renegociação de seus contratos com fornecedores. A meta é reduzir de 43% para 39% a parcela dos investimentos que é denominada em moeda estrangeira.

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