A companhia de telefonia GVT, com sede em Curitiba, teve um lucro líquido de R$ 41,2 milhões no terceiro trimestre de 2007, revertendo um prejuízo de R$ 26,3 milhões no mesmo período de 2006. De acordo com o balanço, o desempenho se deve ao aumento do Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações), que é "resultado do foco da GVT em obter crescimento qualitativo e na combinação de produtos de margem elevada com uma constante otimização de custos".
O bom desempenho é semelhante ao do segundo trimestre deste ano, quando a empresa também reverteu em lucro o prejuízo de 2006 no período. O Ebitda da GVT cresceu 41,2% e atingiu R$ 92,9 milhões em setembro, contra os R$ 65,8 milhões de julho a setembro de 2006.
A receita líquida aumentou 28%. Considerando apenas o principal negócio da companhia, total de linhas em serviço (LIS), a receita apresenta crescimento de 34,2%. As linhas em serviço totalizaram 1,1 milhão em setembro deste ano, crescimento de 29,7% em relação ao terceiro trimestre de 2006. O crescimento se deve à ampliação das áreas de atuação e à conquista de novos clientes, de acordo com o balanço. No mês passado, por exemplo, a companhia passou a atuar em Belo Horizonte. O maior crescimento de receita ocorreu no segmento de banda larga, com receita 105,9% superior. O número de linhas ADSL atingiu 212,8 mil neste ano, alta de 82%.
A companhia continua reduzindo os investimentos em comunicação de mídia de massa e vem deixando de lado serviços considerados menos rentáveis, como os de longa distância para clientes de outras operadoras. A receita com esses serviços teve redução de 32,9%, passando de R$ 5,5 milhões para R$ 3,7 milhões no terceiro trimestre deste ano.
Os custos de infra-estrutura e manutenção da rede apresentaram aumento de 6,6% (chegando a 14,6 milhões), em decorrência da expansão da rede. Já as despesas gerais caíram de R$ 9,4 milhões para R$ 5,7 milhões, com redução em itens como combustíveis e manutenção de frota, viagens e parte da folha de pagamento.
O endividamento bruto em 30 de setembro de 2007 caiu pela metade em relação à mesma data do ano anterior: o valor atual é R$ 507,2 milhões. De acordo com o balanço, a queda expressiva "é resultado dos seguintes fatores: R$ 421 milhões que foram parcialmente convertidos em ações, uso de parte dos proventos do IPO (lançamento inicial de ações) para o pré-pagamento da dívida de longo prazo (R$ 245 milhões) e pré-pagamento de praticamente todo o endividamento de curto prazo com os bancos."
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