O porta-voz do FMI (Fundo Monetário Internacional), Gerry Rice, afirmou nesta quinta-feira (13) que há bons argumentos para conceder mais tempo para a Grécia implementar os cortes previstos no resgate financeiro concedido em fevereiro. "Há bons argumentos para estender o período para que a Grécia implemente os cortes fiscais", disse.
A declaração é feita em meio à missão dos credores do país em Atenas, composta por membros do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do FMI. O grupo fiscaliza o cumprimento das medidas após a concessão de 130 bilhões de euros em fevereiro.
O relatório final do grupo deve sair em outubro. Em virtude da visita, Atenas pediu a extensão do prazo para o cumprimento das medidas de austeridade, avaliadas em 11,5 bilhões de euros, de 2014 para 2016.
No período, a Grécia terá que cortar seu deficit público de 7,3% do PIB (Produto Interno Bruto) para 2,1%, chegando a 4,6% em 2013.
O relaxamento das metas foi feito ontem para Portugal, que ganhou um ano a mais para cumprir os objetivos do resgate financeiro de 78 bilhões de euros, concedido em 2011.
Segundo as estimativas revisadas, o país pode agora registrar um deficit orçamentário de 5% do PIB este ano, 4,5% em 2013 e 2,5% em 2014.