O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu nesta quinta-feira (31) que o governo poderá ter "dificuldade" para cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024. No entanto, ele ressaltou que a equipe econômica está comprometida em reequilibrar as contas públicas.
“Nós não estamos negando o desafio. Não estamos negando a dificuldade. O que nós estamos afirmando é o nosso compromisso da área econômica em obter o melhor resultado possível, obviamente que levando em consideração a opinião do Congresso Nacional, que é quem dá a última palavra sobre esse tema”, disse Haddad, em entrevista coletiva ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet, informou a Agência Brasil.
Nesta quarta (30), Tebet já havia antecipado que a proposta orçamentária de 2024 prevê R$ 129 bilhões a mais em gastos totais, na comparação com este ano. A ministra afirmou nesta tarde que dos R$ 129 bilhões, cerca de R$ 124 bilhões ficarão de fato com a União e o restante deverá ser compartilhado com estados e municípios.
Durante a entrevista, o ministro da Fazenda reconheceu que o aumento de arrecadação é outro desafio para o parlamento. “Não são medidas fáceis para o Congresso deliberar... Confio na equipe econômica, não nego o desafio, mas penso que se nós nos comprometermos com resultados consistentes, vamos obter melhores resultados econômicos”, disse Haddad
O ministro afirmou ainda que conversou por telefone nesta quinta com presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a agenda econômica. "O Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento estão à disposição das Casas, tanto do Senado quanto da Câmara para enfrentar essa agenda, inclusive desperdício, fraude em cadastro", disse.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião