O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou nesta quarta (9) que a aprovação expressiva do economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central a partir de 2025 foi um sinal de que a relação institucional com o governo “vai bem”.
Haddad disse que o Senado demonstrou “maturidade” principalmente na sabatina que precedeu a votação, que resultou em 66 votos favoráveis e apenas cinco contrários a Galípolo. Foi a maior aprovação para o cargo desde a indicação de Chico Lopes, em 1999.
“Penso que foi muito saudada a maturidade com que a sabatina foi feita e a votação muito expressiva, eu penso que é um sinal de que institucionalmente as coisas vão bem”, afirmou a jornalistas na entrada do ministério mais cedo.
Fernando Haddad também disse que a relação entre o governo e o Banco Central sempre foi técnica, embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça críticas constantes ao comandante da autarquia, Roberto Campos Neto, por causa da taxa básica de juros.
“A Fazenda e o Banco Central conversam tecnicamente sobre esse tema, e nunca faltou respeito de parte a parte. Eles têm as considerações deles, eles têm as nossas. Mas tudo transcorre como em qualquer lugar do mundo”, disse.
Ele afirmou, ainda, que com a sabatina concluída, o foco de Galípolo agora será a indicação de novos diretores ao presidente Lula. “O Galípolo ficou de ato contínuo à sabatina, levar o presidente Lula alguns nomes, uma vez que é ele que indica para o Senado para que esses nomes sejam sabatinados. Nós imaginamos que em novembro seja possível sabatina-los já”, explicou o ministro.
Haddad também destacou a preocupação do governo em promover a diversidade de gênero nas novas diretorias do BC.
“Temos sim essa preocupação com a questão de gênero”, afirmou, mencionando que as diretorias que devem receber novas indicações até o final do ano incluem as de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Política Monetária e Regulação.
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