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Haddad atribui alta no dólar a “ruídos” sobre resultados econômicos
Haddad disse que terá uma reunião com Lula no próximo dia 3 para discutir o cenário econômico.| Foto: Sebastiao Moreira/EFE.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu nesta segunda-feira (1º) a alta no dólar a “muitos ruídos”. A moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 5,65, maior valor em dois anos e meio. Haddad afirmou que o governo precisa “comunicar melhor” os resultados econômicos.

Os investidores seguem cautelosos com o cenário exterior e com o risco fiscal brasileiro. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a autonomia da autoridade monetária.

“Atribuo a muitos ruídos. Já falei isso no Conselhão, precisa comunicar melhor os resultados econômicos que o país está atingindo. Por exemplo, tive hoje mais uma confirmação sobre atividade econômica e arrecadação de junho, ficou acima do previsto pela Receita Federal”, disse o ministro a jornalistas.

“Ou seja, nós estamos no sexto mês de boas notícias na atividade econômica e na arrecadação", acrescentou. Haddad reconheceu que o patamar da moeda norte-americana está alto.

“Apesar da desvalorização [de moedas nacionais frente ao dólar] ter acontecido no mundo todo de uma maneira geral, aqui aconteceu maior do que nos nossos pares: Colômbia, Chile, México", disse.

No entanto, ele afirmou que o valor do dólar ante o real deve “acomodar” nos próximos dias diante de decisões sobre os gastos do governo. “Creio que vai acomodar, porque na hora que esse processo se desdobrar, isso [o valor do dólar] tende a reverter”, frisou.

Contingenciamento no Orçamento será do “tamanho necessário”, diz Haddad

O ministro da Fazenda reforçou que o contingenciamento no Orçamento será do “tamanho necessário” para cumprir o arcabouço fiscal. Neste mês, a equipe econômica divulgará o terceiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) com as decisões sobre bloqueios nos recursos e previsões de gastos.

"Nós temos um arcabouço fiscal que tem que ser cumprido. Então, ele [o contingenciamento] vai ser do tamanho necessário para que nossas metas sejam atingidas. Tanto do ponto de vista da despesa, que tem um teto, quanto do ponto de vista da receita, para que nós nos aproximemos dentro da banda da meta de 2024. É o nosso esforço", disse Haddad.

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