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Haddad pede cautela na revisão do PIB de 2024 após enchentes no RS

Fernando Haddad
Cautela se dá por conta da quebra da indústria gaúcha, que foi 95% atingida segundo estudo da Fiergs. (Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)

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O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou nesta quinta (18) que pediu “parcimônia” à equipe da pasta na revisão da expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, considerando o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul.

Isso porque o estado responde por 6,5% do PIB nacional e teve 95% das indústrias atingidas pela tragédia climática, de acordo com estimativa da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

“Eu estou pedindo parcimônia da Secretaria de Política Econômica na revisão do PIB, fazer com bastante cuidado. Nós estamos recebendo informações e dados que sustentariam uma reprojeção, mas pedi cautela para avaliar bem se essa reprojeção deve ser feita”, disse o ministro após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros ministros.

Fernando Haddad destacou, ainda, que “os dados da economia estão vindo muito bem, consistentes e com baixa pressão nos preços, o que é ótimo, crescer com inflação controlada”.

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A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda apresenta à tarde o Boletim Macrofiscal, que inclui projeções do PIB e inflação para o ano. A divulgação vai ocorrer quase que paralelamente à reunião que Haddad terá com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), além de Lula para discutir os cortes no orçamento para atingir a meta de equilíbrio fiscal.

Pela manhã, Simone Tebet já adiantou que os cortes não atingirão programas sociais e obras do Novo PAC.

O último Boletim Macrofiscal do governo, divulgado em maio, apontou uma elevação de 2,5% do PIB em relação a 2023. No entanto, essa estimativa não considerava o impacto financeiro das enchentes no Rio Grande do Sul entre abril e maio deste ano.

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Na época, o governo afirmou que “a magnitude do impacto depende da ocorrência de novos eventos climáticos, de transbordamentos desses impactos para estados próximos e do efeito de programas de auxílio fiscal e de crédito nas cidades atingidas pelas chuvas”.

A área econômica do governo apontou que atividades ligadas à agropecuária e à indústria de transformação seriam as mais afetadas pelas enchentes. Em resposta às fortes chuvas no estado, o governo federal abriu crédito extraordinário para o Rio Grande do Sul e lançou diversas linhas de crédito para empreendedores, financiamento de casas pelo programa Minha Casa Minha Vida e outros programas de assistência.

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