O ministro da Fazenda, Fernando Haddad.| Foto: Washington Costa/MF
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O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, confirmou na noite de quarta-feira (7) que o governo iniciou uma investigação no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) para apurar possíveis irregularidades relacionadas ao benefício tributário. Ele afirmou que a desoneração custou R$ 16 bilhões ao ano em vez dos R$ 4 bilhões previstos inicialmente.

Segundo Haddad, o setor de inteligência da Receita Federal está apurando irregularidades e os dados de contribuintes beneficiados serão divulgados em breve. “Quantos dias vai levar, não posso afirmar”, disse.

O governo editou uma medida provisória no fim de dezembro para antecipar o fim do Perse. O Congresso havia prorrogado o programa até 2026, mas a MP promove uma redução gradual no benefício fiscal a partir deste ano, com extinção em 2025. A decisão do governo foi criticada por parlamentares e empresários, e as notícias de que a Fazenda está investigando irregularidades são descritas como "chantagem" por oposicionistas.

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“Não se trata de caça às bruxas. Obviamente, quem errou vai ser punido na forma da lei, mas se trata de mostrar que o programa não pode ter essa dimensão. Isso é muito ruim, porque o país não está em condições de gastar esse dinheiro, na verdade, desperdiçar esse dinheiro”, disse o ministro.

Entre as irregularidades cometidas por algumas empresas, segundo o ministro, está a de “simular” uma outra atividade que não seja a original do negócio para obter o benefício. Para isso, os empresários alteram o chamado CNAE, que é a Classificação Nacional de Atividades Econômicas, para adequar o negócio aos ramos previstos no setor de eventos.

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A divulgação dos dados, segundo Haddad, será com o CNPJ das empresas que usaram o benefício. “Nós vamos dar a público quanto cada empresa deixou de recolher, alegando ser beneficiária do programa”, completou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]