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"Ciclo de cortes"

Haddad diz que há espaço para queda de juros: “Temos gordura monetária para queimar”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ainda que as ações do governo têm reduzido a inflação, o que permite a queda da taxa de juros. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6) que vê espaço para novos cortes na taxa básica de juros, a Selic, nos próximos meses. Haddad defendeu que há "muita gordura monetária ainda para queimar". No dia 1º, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu, pela terceira vez consecutiva, a Selic para 12,25% ao ano.

“Nós estamos em um momento em que temos condições de fazer a economia crescer e temos muita gordura monetária ainda para queimar. Nós estamos com uma taxa [básica de juros] de ainda 12,25% [ao ano]”, afirmou Haddad durante um evento promovido pelo banco BTG Pactual.

Em meio a discussão sobre a meta fiscal de 2024, o Copom alertou que "tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que dificilmente cumprirá a meta fiscal de déficit zero estabelecida pelo ministro.

Durante o evento, Haddad disse que as ações do governo têm reduzido a inflação, o que permite a queda da taxa de juros, abrindo mais espaço para o crescimento econômico, informou a Agência Brasil. “Não está sendo baixada a inflação na marra, artificialmente. Está sendo feito um trabalho para que isso aconteça, já em um ciclo de cortes [da taxa de juros], que, na minha opinião, vai continuar, porque nós vamos continuar trabalhando em parceria para continuar esse ciclo de cortes”, afirmou.

Ele defendeu que, neste momento, o único elemento que ainda dificulta quedas maiores dos juros no Brasil são as taxas de juros dos países mais ricos. “Quero crer que o mundo, que está nos atrapalhando um pouco desse ponto de vista, em função das taxas nos Estados Unidos e na Europa, isso, também ao longo do próximo ano, pode vir a ser corrigido", disse.

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