Haddad diz que não falou com Yellen sobre taxação de super-ricos

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (24) que não conversou com a secretária de Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, sobre a proposta de taxação de super-ricos. Os dois tiveram uma reunião bilateral nesta manhã durante o evento do G20, no Rio de Janeiro.

“Isso [a proposta] está sendo tratado no âmbito das equipes técnicas. Na minha opinião, está avançando bem. Eu tenho algum otimismo em relação à declaração conjunta dos 20 países, não do comunicado, que é uma outra coisa, um comunicado global dos chefes de Estado, mas de uma declaração”, disse o ministro a jornalistas após o encontro.

“Tem havido interesse crescente no tema, justamente em virtude das necessidades globais e novas fontes de financiamento para enfrentar a fome, mudança climática e temas correlatos”, acrescentou. Mais cedo, Haddad disse que os “super-ricos” do mundo se aproveitam de “artifícios” para não pagar impostos.

Segundo o ministro, outros temas da relação entre Brasil e EUA foram abordados durante a reunião com Yellen. Haddad citou que os dois países estão preparando um anúncio para os próximos dias com foco na transformação ecológica e na transição energética.

Eleições dos EUA não atrapalham relação com Brasil, diz Haddad

O chefe da equipe econômica disse que as eleições presidenciais nos Estados Unidos não atrapalham a relação com o Brasil. “O que a gente deseja é que esse intercâmbio não seja visto como um intercâmbio entre governos, mas entre Estados que têm uma relação muito antiga e que pode ser fortalecida com benefícios mútuos”, frisou.

“Não é o Brasil pedindo um favor, ou o vice-presidente falar disso. São benefícios mútuos. Não vejo porque possa colocar em risco esse tipo de parceria que está sendo tratada com a secretaria Yellen”, afirmou Haddad.

Na semana passada, o ex-presidente americano Donald Trump foi oficializado como candidato republicano para o pleito de novembro. Já o atual mandatário, Joe Biden, desistiu da disputa e endossou a indicação de sua vice, Kamala Harris, como candidata dos democratas.