Nesta quarta-feira (13), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que espera para a próxima semana as propostas do Senado para que o governo possa compensar a desoneração da folha de pagamento. O ministro disse que a Fazenda e o Ministério do Planejamento irão apoiar as propostas dos senadores.
“Todas as propostas dos senadores vão ser processadas por nós para encaminharmos a análise de impacto de cada uma delas. A mediação vai ser feita pelo senador Jaques Wagner, que vai fazer essa ponte sem prejuízo do diálogo com os demais senadores interessados. Eu penso que nós vamos chegar a um denominador rápido. Vamos colocar algumas propostas na mesa a partir da semana que vem, mas principalmente receber deles (senadores), até para evitar que se dê atraso nisso, nós vamos receber deles as propostas que o Senado tem em mente, porque aí fica mais fácil tramitar, fica mais fácil calcular, fica mais simples de resolver”, disse o ministro ao conversar com jornalistas após se reunir com a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
De acordo com Haddad, a equipe econômica intensificou o trabalho para revisão dos gastos públicos pensando no fechamento do Orçamento de 2025, que deve ficar pronto no mês de julho.
Ao lado de Haddad, a ministra Simone Tebet culpou gastos previdenciários e desonerações pelo aumento de despesas do governo.
“Nós estamos conversando que o grande problema em relação às despesas no Brasil são dois [problemas]: primeiro, os gastos hoje crescendo de forma muito acentuada, os gastos previdenciários; e o segundo em relação aos gastos tributários, ou seja, as desonerações [...] O problema da previdência não está numa nova reforma porque o problema da previdência está nas renúncias previdenciárias, que tocam de novo os gastos tributários. Então, nós temos que olhar com uma lupa em relação a essas desonerações. Não é para extinguir as desonerações legítimas e que dão certo. É que dentro dos gastos tributários, quando você olha todas as desonerações feitas, existem aqueles muitas vezes mal intencionados que utilizam-se destes benefícios”, disse a ministra.
Tebet e Haddad disseram que o governo tem um cardápio de “A a Z” com opções de medidas para revisão do piso de gastos.
Na terça-feira (11), após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolver trechos da “MP do Fim do Mundo”, que modifica as regras dos créditos tributários de PIS/Cofins, o ministro Fernando Haddad disse que o governo não tinha “plano B” para compensar a desoneração da folha. Na quarta-feira (12), a fala sobre a falta de um “plano B” foi endossada por Tebet.
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