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Taxa básica de juros

Haddad evita comentar aumento da Selic: “Não me surpreendi”

Haddad evita comentar aumento da Selic: “Não me surpreendi”
Haddad disse que só deve analisar a decisão do Copom na próxima semana após ler a ata da reunião. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou comentar o aumento da Selic anunciado nesta quarta-feira (18) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Haddad disse que não se surpreendeu, mas que só deve analisar a decisão após ler a ata da reunião na próxima semana.

O Copom elevou a taxa básica de juros da economia de 10,50% para 10,75% ao ano. Este foi o primeiro aumento durante o terceiro mandato do presidente Lula (PT). O último reajuste ocorreu em agosto de 2022.

“Não me surpreendi, mas eu só vou comentar a decisão depois da leitura da ata, semana que vem, como de hábito. Vou dar uma olhada, vou conversar internamente, vou verificar o que esperar para o futuro próximo”, afirmou o ministro ao deixar a pasta.

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Expectativa de "alívio doméstico" com queda de juros nos EUA

Haddad falou sobre a decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que cortou os juros de referência em 0,50 ponto percentual, para o intervalo de 4,75% a 5% ao ano. Essa foi a primeira redução feita pelo Fed desde março de 2020.

Para o ministro, o corte “veio um pouco atrasado”. Ele disse esperar que agora o Fed inicie um ciclo duradouro de reduções de juros que possa beneficiar o mundo. “Penso que [o corte de juros nos EUA] veio um pouco atrasado, mas veio. Nós estávamos esperando para junho o corte do Banco Central americano”, afirmou.

“Teve uma pequena turbulência no começo do ano que, de certa maneira, causou alguma turbulência em todos os mercados. O dólar [subiu] aqui, mas penso que agora [o Fed] deve entrar em uma trajetória de cortes. Eu penso que isso vai ser duradouro”, acrescentou Haddad.

O ministro destacou que a queda dos juros norte-americanos trará mais previsibilidade para a economia global e evitará a volatilidade no mercado financeiro nos próximos anos, informou a Agência Brasil.

“Não acredito que em 2025, 2026, nós tenhamos surpresas. O que é ótimo para o Brasil e para o mundo. Porque isso dá um alívio doméstico grande e nos coloca uma responsabilidade de continuar fazendo um trabalho de arrumação da casa aqui para colher os frutos desses ventos favoráveis”, concluiu o ministro.

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