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Contas públicas

Haddad sinaliza que pode mudar a meta fiscal de 2025 e não alcançar o prometido superávit

Fernando Haddad
Ministro analisa a tramitação de projetos econômicos no Congresso para estimar arrecadação e fechar o Orçamento de 2025. (Foto: Sebastião Moreira/EFE)

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O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou nesta segunda (8) que o governo está aguardando uma “definição mais clara” dos projetos econômicos em tramitação no Congresso para estabelecer se mantém meta fiscal de um superávit de 0,25% do PIB para o ano que vem.

Haddad diz que o governo enviará o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 no dia 15 de abril, e que a equipe econômica está realizando os cálculos necessários e que há uma possibilidade de alteração.

“Vamos nos lembrar que essa meta foi anunciada em março do ano passado, quando foi apresentado o Marco Fiscal. De lá para cá aconteceu muita coisa boa, mas tivemos alguns percalços que vão ter que ser considerados, e nós temos ainda alguma insegurança em relação ao resultado final das negociações [no Congresso] deste semestre em relação a temas importantes”, afirmou o ministro após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.

Sobre a eventual mudança na meta fiscal de 2025 para zero, Haddad questionou a eficácia de um resultado primário positivo se ele não for sustentável. “Estamos procurando fazer uma coisa pensando na sustentabilidade das contas”, completou.

Além da reunião com Lula, Haddad se encontrou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em um almoço para discutir as pautas prioritárias do governo na área econômica, descrevendo o encontro como “muito importante”.

O ministro destacou que o planejamento fiscal depende de compensação e fontes de financiamento para custear renúncias ou novas despesas. “Não tem como ajustarmos as contas se esses princípios não forem sacramentados”, afirmou, ressaltando a importância de recuperar os termos na Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Nós avançamos, melhoramos, mas ainda não é o suficiente. Precisamos de um último esforço para concluir esse processo, porque para o investidor que não olha tanto o que vai acontecer naquele ano, naquela semana, naquele mês, ele olha o que vai acontecer no futuro do país, ele desenha uma curva para saber o que vai acontecer com o endividamento público, com as taxas de juros”, concluiu Haddad, destacando o comprometimento do presidente do Senado com essa iniciativa.

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