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Ministro da Fazenda

Haddad não descarta novo “remédio” se ajuste fiscal não for suficiente

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não descartou a possibilidade de um novo “remédio” caso as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo não sejam suficientes.

“Foi para o Congresso aquilo que estava maduro. O mercado está tratando assim: o governo mandou isso e desistiu daquilo. Mas não funciona dessa maneira [...] Se a gente entender que essas medidas não são suficientes, você tem que voltar para a linha, buscar soluções”, disse Haddad durante participação no Fórum Jota, em Brasília, nesta quarta-feira (4).

De acordo com o ministro, a Secretaria do Tesouro Nacional, o Ministério do Planejamento e Orçamento e Receita Federal continuam “debruçados sobre o problema fiscal” e o governo “não descarta um remédio que pode ser necessário”.

“Mas, acredito que o que foi endereçado [ao Congresso], neste momento, atende o que a área econômica pretende de resultados fiscais para os próximos anos”, completou

Frustração do mercado

Ao falar sobre a frustração do mercado com o pacote apresentado pelo governo, Haddad disse que “é preciso fazer uma distinção” entre o mercado que trabalha com “intermediação financeira”, como os bancos, “e o mercado financeiro de outro tipo”, como os fundos de gestão de fortunas.

“As pessoas ligadas à intermediação financeira dizem que o pacote está sendo subestimado pelo mercado [...] Mexemos com muita coisa”, afirmou.

A fala do ministro ocorreu após a divulgação de uma pesquisa da Quaest, que mostrou que 90% do mercado financeiro avalia negativamente o governo do presidente Lula (PT) após o anúncio do pacote de corte.

Segundo o mercado, as medidas anunciadas pelo governo estão aquém do esperado para colocar as contas públicas em ordem

A decepção do mercado financeiro com o pacote de corte de gastos do governo refletiu não apenas na cotação do dólar, que vem batendo recorde acima de R$ 6, mas, também, na própria capacidade do governo de conseguir aprovas as medidas no Congresso.

Ministro da Casa Civil e Lula reclamaram da reação do mercado

Também na quarta-feira (4), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o presidente Lula (PT) reclamaram da reação do mercado.

Para Rui Costa, a reação do mercado às medidas do pacote de corte de gastos do governo é um “ataque especulativo”.

Já o presidente Lula (PT) rebateu os "descréditos" do mercado afirmando que o Produto Interno Bruto do País (PIB) está crescendo acima das expectativas.

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