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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que vai encontrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (21) para falar sobre o pacote de corte de gastos das despesas públicas. As medidas são esperadas há semanas pelo mercado, e a demora vem causando desgaste à imagem do governo em relação ao seu compromisso com as contas públicas.
“Eu vou ter uma reunião amanhã só com o presidente”, disse Haddad a jornalistas antes de ir ao jantar oferecido por Lula, com integrantes do governo, ao ditador da China, Xi Jinping, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
As principais áreas atingidas são Educação, Saúde e Defesa. Haddad reconheceu a pressão para evitar cortes em áreas sociais, mas defendeu os ajustes como essenciais para garantir o equilíbrio fiscal.
De acordo com o ministro, o pacote busca corrigir distorções e evitar que o arcabouço fiscal perca credibilidade, o que comprometeria a confiança na economia.
Nas últimas semanas, Hadadd vem costurando os cortes com os ministérios. O último pendente era a Defesa, com quem o ministro fez acordo na terça-feira. O anúncio do pacote de corte de gastos deve acontecer na próxima terça-feira, dia 26.
Segundo relatos de bastidores, Haddad sinalizou à cúpula do Congresso e a líderes partidários que o pacote, que prevê economia de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026, inclui mudanças no reajuste do salário mínimo, ajustes nos critérios de programas sociais, como o Bolsa Família, e um combate ao que o ministro chama de "supersalários".