O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu nesta quarta-feira (18) representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para discutir reforma agrária e o assentamento de famílias acampadas. Nas redes sociais, o MST afirmou que tratou com o ministro sobre o “assentamento emergencial das 65 mil famílias acampadas atualmente em todo país”.
"Temos um governo que quer fazer, mas temos que criar as condições para isso", afirmou Haddad sobre o fortalecimento das políticas públicas ligadas às demandas do grupo, informou o MST. O movimento também apresentou ao ministro a “necessidade de se buscar instrumentos que assegurem um orçamento condizente” para os pedidos. Entre eles, segundo o grupo, está a atualização do Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR) e a destinação para a reforma agrária de terras públicas, de grandes devedores e aquelas usadas para a prática de crimes.
“Precisamos avançar na organização de novas formas de produção, baseadas na cooperação”, disse o ministro ao discutir a destinação de terras de grandes devedores da União para a reforma agrária, de acordo com o grupo. Além de Haddad, também o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, também participou do encontro nesta manhã. Nesta semana, o MST já havia se reunido com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, para discutir o direcionamento de recursos do orçamento para políticas de reforma agrária.
“Os encontros foram parte da Jornada Nacional ‘por Terra e Comida de Verdade para o Povo’, que mobilizou 17 estados do país em diversos atos e manifestações. Além disso, as Famílias Sem Terra realizaram doação de mais de 20 toneladas de alimentos para populações carentes de diversas cidades do Brasil”, informou o MST, em nota. “As reuniões trouxeram questões concretas sobre como podemos buscar priorizar no orçamento e ampliar a receita para viabilizar a reforma agrária”, disse Ceres Hadich, da direção nacional do MST.
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