Pelo segundo ano seguido, o carro mais econômico do país é um híbrido, que combina um motor a combustão e um elétrico. Com consumo de 16,8 km/l de gasolina na cidade e 14,7 km/l na estrada, o Ford Fusion Hybrid 2.0 faz recebeu nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem Automotiva (PBE Veicular) 2014, divulgado nesta semana pelo Inmetro.
INFOGRÁFICO: Veja quais são os veículos mais econômicos
Ao contrário dos veículos convencionais, os híbridos rendem mais na cidade que na estrada, pois as frenagens mais constantes na área urbana carregam a bateria, poupando gasolina.
Neste ano, o Inmetro analisou 495 modelos e versões diferentes de 36 montadoras, número que é o triplo das participantes da edição do PBE Veicular de 2012. O ranking classifica os veículos mais econômicos e menos poluentes em 12 categorias, entre elas subcompactos, compactos, médios, grandes, utilitários esportivos e veículos fora-de-estrada.
Na categoria dos carros subcompactos, o mais econômico para rodar na cidade foi o Renault Clio 1.0. Com consumo médio de 9,5 km/l por litro de etanol e 14,3 km/l de gasolina, o modelo básico, sem ar condicionado e direção hidráulica, superou os concorrentes da mesma categoria.
No segmento dos médios, o primeiro lugar do pódio dos carros com etanol no tanque foi ocupado pelo Toyota Etios Sedan, que faz 8,4 km/l. Na outra ponta, entre os veículos movidos a gasolina, o hídrido CT200h da Lexus, divisão de veículos de luxo da Toyota, foi o mais econômico, com consumo de 15,7 km/l na cidade e 14,2 km/l na estrada.
A adesão ao Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular é voluntária e vem crescendo ano a ano. Em 2014, a participação das montadoras aumentou e o número de modelos analisados 495 avançou 10%, segundo o Inmetro. Alexandre Novgorodcev, responsável pelo PBE Veicular do Inmetro, diz que a participação das fabricantes cresceu muito no ano passado, principalmente por causa do novo regime automotivo Inovar-Auto.
"Um dos critérios do programa para obter benefícios fiscais era a adesão ao Programa de Etiquetagem Veicular", detalha Novgorodcev. Segundo ele, mesmo com a adesão voluntária das fabricantes de automóveis, o objetivo é etiquetar 100% dos veículos até 2017.
"Estamos mostrando os motores e os câmbios, a alma do carro. Em muitas marcas o modelo automático superou o mecânico positivamente no consumo de combustível. Isso mostra que as empresas estão investindo pesado em engenharia para melhorar a eficiência energética dos veículos", avalia Novgorodcev.
Menos poluente
Além do consumo de combustível, que é um dos critérios mais importantes na hora da escolha do veículo, os consumidores também podem avaliar a emissão de gás CO2 produzida pelos carros avaliados. A classificação dos veículos, no entanto, leva em conta apenas a nota do consumo, que vai de A (para os mais econômicos) até E (para os mais caros).