Nova usina será construída rio acima da hidrelétrica de Mauá (foto).| Foto: Josue Teixeira/Gazeta do Povo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai licitar uma hidrelétrica no Paraná em seu próximo leilão de energia, marcado para 29 de abril. Trata-se da usina de Santa Branca, planejada para o Rio Tibagi, na região dos Campos Gerais.

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O projeto foi habilitado nesta segunda-feira (18) para o leilão pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal federal que cuida do planejamento do setor elétrico. Com duas turbinas, Santa Branca terá capacidade máxima de 62 megawatts (MW), potência capaz de abastecer cerca de 180 mil pessoas.

O investimento previsto para a construção é de R$ 400 milhões, segundo o órgão regulador. Essa estimativa serviu de base para a definição do preço máximo da energia que será gerada pela usina, de R$ 195 por megawatt-hora (MWh). A empresa que oferecer a menor tarifa, a partir desse teto, ganhará a concessão de Santa Branca.

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A usina, situada no município de Tibagi, ficará rio acima da central geradora de Mauá (361 MW), a última hidrelétrica de médio porte construída no Paraná, inaugurada no fim de 2012.

Ao contrário de várias hidrelétricas paranaenses que o governo federal quis licitar – sem sucesso – nos últimos anos, Santa Branca já tem licença ambiental prévia. O documento foi emitido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em 25 de janeiro.

Assim como os demais projetos habilitados para este leilão A-5, o vencedor da concessão terá de colocar a usinas em funcionamento a partir de 2021. O edital aprovado pela Aneel informa que a primeira turbina terá de entrar em operação comercial no mês de janeiro daquele ano e a segunda, em março.

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Outros projetos

Além de Santa Branca, a EPE habilitou 13 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) paranaenses para o leilão. No total, 802 projetos de todo o país podem ser licitados.

A fonte dominante da licitação é a eólica, com 693 projetos e uma capacidade total de 17.131 MW. Pela ordem de potência, aparecem a seguir as termelétricas a gás natural (nove projetos, com 7.449 MW), a carvão (cinco projetos, 2.267 MW) e a biomassa (40 projetos, 1.979 MW); as PCHs (52 projetos, 670 MW); e as hidrelétricas (dois projetos, 111 MW). Também foi habilitada uma termelétrica a biogás, com potência de 21 MW.