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Macintosh

Histórias de quem virou a casaca

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Saiba mais sobre o Imac e o Macbook (Foto: )
A designer Elis Ribeirete: primeiro Mac foi recebido numa permuta. Agora até os comandos do PC andam esquecidos |

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A designer Elis Ribeirete: primeiro Mac foi recebido numa permuta. Agora até os comandos do PC andam esquecidos

"Oi, eu era um PC. Agora eu também sou um Mac." Essa poderia ser a paródia brasileira do divertido comercial da Apple nos EUA. Com a rendição da companhia de Steve Jobs aos chips Intel e, parcialmente, ao Windows – e a ajuda da maré baixa do dólar durante boa parte deste ano –, diversos "PCzeiros" venceram o medo e migraram para o concorrente.

A "febre da maçã" também foi deflagrada pelo sucesso de produtos queridinhos como o iPod e o iPhone, que se tornaram os primeiros equipamentos da Apple a cair nas mãos de muitos brasileiros. Parte deles se animou e resolveu investir em máquinas mais caras. Mas será que os brasileiros que se aventuraram nesse "novo mundo" se adaptaram? Tiveram problemas? Estão satisfeitos? Ou se arrependeram?

A designer curitibana Elis Ribeirete mordeu a maçã no início de 2006 quando estava montando seu escritório. "Meu primeiro Mac foi adquirido por conta de uma permuta. Fiz um trabalho e o pagamento foi um iMac G3."

Depois do computador de mesa veio a necessidade de um portátil para usar em reuniões com clientes fora do escritório. "Comprei um MacBook 4.1 este ano. É ótimo porque concilio os arquivos com o computador que uso no escritório." O preço mais baixo também foi determinante na hora de escolher o Mac portátil equipado com chip Intel Core 2 Duo 2.4 Ghz e 2 GB de RAM. "Alguns modelos de PC portátil com uma configuração dentro das minhas necessidades estavam até mais caros do que o MacBook. Não tive dúvida."

Antes da convivência com as duas máquinas, Elis tinha entrado em contato com a Apple em aulas na universidade. Para ela o Mac OS X (sistema operacional da Apple) é mais prático que o Windows. "A interface é direta, tudo o que você precisa está à mão. E o monitor é mais claro, facilita quando estou trabalhando com imagens." Além da satisfação com o sistema operacional, Elis sente mais segurança contra vírus usando o Mac.

A designer, que mantém um PC em sua casa, revela que ainda tem dificuldades quando muda de sistema operacional bruscamente. "Acostumei tão bem com o Mac que quando uso meu computador em casa demoro para lembrar alguns comandos. Mas a tendência, agora que tenho o portátil, é que eu use cada vez menos o PC."

Embora seja entusiasta da maçã, Elis não se considera uma "macmaníaca" e pondera os exageros. "Não sou a favor dos que dizem que o Mac é melhor em tudo. Acho ele mais prático, mas quanto ao desempenho dos programas, não vejo muita diferença", declara.

A designer acredita que o crescente interesse por produtos da Apple é fruto do trabalho de marketing da marca. "Eles têm projetos atraentes de produtos e uma marca forte. Ganham na beleza e na inovação." Mas a consumidora gosta mesmo é da funcionalidade dos computadores, tanto que diz não ter interesse nos produtos mais queridos da Apple. "Não sou fã nem de tocadores de mp3 convencionais, não vale a pena ter um iPod. Neste ponto sou conservadora e gosto de comprar o CD para ouvir no carro."

O preço não é mais o mesmo

Elis comprou seu Macbook em abril com o dólar na casa do R$ 1,65 e diz que agora seria impossível conseguir o mesmo preço. Com o aprofundamento da crise nos EUA e seu alastramento, o dólar disparou no Brasil e não se sabe em que patamar ficará. Caso o cenário econômico desfavorável perdure, os produtos da maçã ficarão inevitavelmente mais caros, mas, segundo Gilberto Porto Barbosa, professor da Universidade de Brasília, não devem sofrer tanto porque a Apple conseguiu tornar sua marca sinônimo de qualidade, confiabilidade e inovação. "Quando isso acontece, o preço deixa de ser relevante para o consumidor", diz. A configuração de entrada do MacBook sai a R$ 2.999; e a do iMac, a R$ 3.999.

A Apple não divulga números de venda por país, mas na terça-feira passada anunciou a venda recorde de 2,6 milhões de Macs nos últimos três meses. Embora a marca impressione, está distante de ameaçar a hegemonia dos "tijolos" – forma pejorativa usada pelos applemaníacos para se referirem aos PCs. Dados da consultoria Gartner mostram que 80,5 milhões de PCs foram vendidos de julho a setembro deste ano.

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