Cargueiro KC-390 é principal aposta da Embraer na aviação militar e foi vendido a três países membros da Otan: Portugal, Hungria e agora a Holanda.| Foto: Divulgação Embraer
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O Ministério da Defesa da Holanda confirmou nesta quinta-feira (16) a aquisição de cinco aeronaves KC-390 Milleniun, principal aposta da Embraer nos últimos anos no mercado de aviação militar. O modelo fabricado no Brasil venceu a concorrência com o avião americano Lockheed Martin C-130J Super Hercules, que substituiria unidades da mesma marca na frota da Força Aérea holandesa.

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O KC-390 Millenium é um cargueiro, podendo ser utilizado em missões tática se logísticas. Um dos grandes diferenciais do modelo é a capacidade de ser reabastecido em pleno voo. A Embraer começa a entregar os aviões ao país europeu em 2026.

Essa é a terceira venda do KC-390 Millenium a países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Em 2020, a Embraer negociou duas unidades para a Hungria por US$ 300 milhões e outras cinco para Portugal por 827 milhões euros.

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O plano inicial do governo holandês era adquirir quatro aeronaves. Porém, após as dificuldades na evacuação das tropas da Otan na retomada do Taleban no Afeganistão e o cenário de insegurança na Europa com a Guerra na Ucrãnia, a Holanda decidiu adquirir uma aeronave a mais.

“A disponibilidade do KC-390 é maior, a aeronave pontua melhor em uma série de requisitos operacionais e técnicos e requer menos manutenção”, justificou o Ministério da Defesa da Holanda em nota sobre a negociação com a Embraer.

Nem o governo holandês, nem a empresa brasileira revelaram o valor negociação. Porém, nesta quinta o ministro da Defesa do país, Christophe van der Maat, avisou ao parlamento que a Força Aérea precisa ampliar as horas de voo da frota de 1 bilhão de euros para 2,5 bilhões de euros, incluindo custos futuros com manutenção. Nesse planejamento, os modelos Hercules continuarão voando até a substituição total pelos C-390 até 2031.

Venda estratégica

Para a Embraer, fornecer aviões à Holanda representa uma conquista estratégica, já que a concorrência foi com o modelo mais atualizado do Hércules, cargueiro mais utilizado por forças militares do mundo desde a década de 1950. A fabricante americana tenta vencer as concorrências para substituir 137 aviões da marca nos membros da Otan na Europa.

"Reconhecendo que ainda há muito trabalho a ser feito nos próximos meses, estamos comprometidos com o sucesso desta nova fase de cooperação com o Ministério da Defesa da Holanda. Neste processo, a Embraer tem o compromisso de aprofundar ainda mais a colaboração com a indústria local e os centros de pesquisa", afirmou a Embraer em nota.

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As negociações na Europa também amenizam a perda da Embraer na negociação com o próprio governo brasileiro. Em 2014, a empresa fechou ao a venda de 29 unidades do mesmo cargueiro para o país. Porém, ano passado a Força Aérea Brasileira (FAB) reduziu a compra para 15 unidades dentro da restrição orçamentária sobre programas estratégicos do governo federal.