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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse nesta sexta-feira (1º), diante da multidão que acompanha a comemoração do Dia do Trabalho da Força Sindical em São Paulo que não é hora de demitir e que o trabalhador brasileiro não pode "pagar o preço pela crise internacional". Lupi seguiu a linha adotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao se referir à crise.

"A hora não é de demitir. A hora é de acreditar no Brasil (...) Essa crise não foi criada pelo trabalhador. É fruto do egoísmo do sistema financeiro", disse.

Em entrevista, antes de discursar, Lupi afirmou que não deve haver oportunismo na crise. Ele criticou demissões em alguns setores, que considerou precipitadas.

"Falei antes da demissão no setor automobilístico, acho que o setor da Embraer se precipitou, agora já está vendendo mais aviões (...) Tem que ter capacidade de compreensão nesse momento de evitar demissões", disse

No palco montado para a comemoração, a crise também foi tema do discurso do ex-ministro e deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). " O dinheiro que falta para dar emprego aos jovens é o dinheiro que está indo para tapar o buraco da agiotagem internacional."

Também passaram pelo palco o delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, o deputado Aldo Rebello (PCdoB-SP), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), parlamentares e representantes de sindicatos.

Poupança

Questionado se haverá alterações na poupança, o ministro disse que há uma tentativa de levar "pânico" à população. O PPS, em sua propaganda partidária, tem afirmado que o governo Lula irá mexer na poupança, assim como fez o então presidente Fernando Collor de Melo.

"A poupança é segura. O governo brasileiro tem responsabilidade de não alterar nada que gere prejuízo àqueles que mais necessitam. Jamais o governo Lula fará nada que prejudique o pequeno e médio poupador", disse. Na quinta (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou qualquer intenção de alterar as regras da poupança.

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