O primeiro dia de funcionamento dos bancos após o fim da greve dos bancários teve movimento acima da média nas principais agências do centro de Curitiba. Os usuários que foram resolver as pendências acumuladas nos últimos 15 dias tiveram de enfrentar grandes filas e esperar por horas pelo atendimento. A expectativa é que hoje o movimento aumente ainda mais, em razão do fluxo de trabalhadores que recebem parte do salário na metade do mês.
As agências da Caixa Econômica Federal da capital trabalharam ontem com horário estendido, das 8 às 16 horas, para atender o aumento no fluxo de clientes. Mesmo assim, em algumas agências o tempo de espera chegou a duas horas. Segundo a superintendência regional da Caixa, o horário especial será repetido hoje e segunda-feira, podendo ser prorrogado por mais três dias, se necessário.
Na região metropolitana da capital e no interior, o atendimento da Caixa será das 9 às 16 horas. Ainda segundo o banco, os clientes que estiverem dentro da agência até o horário de fechamento poderão ser atendidos até as 18 horas. Nenhum outro banco público ou privado confirmou horário diferenciado de atendimento com o retorno ao trabalho.
A aposentada Wilma Souza Fernandes, 86 anos, conta que esperou mais de uma hora da fila para pagar seu aluguel na agência do Banrisul, e acabou desistindo. "Não dá mais pra esperar. O atendimento prioritário está demorando mais que o atendimento normal."
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias, esse movimento é natural no período "pós-greve" e tende a ser normalizado nos próximos três dias, com a regularização do trabalho acumulado. Segundo o sindicalista, o acordo assinado com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) prevê que os dias parados não serão descontados dos trabalhadores, devendo ser compensados até 15 de dezembro. O documento prevê ainda a reposição máxima de duas horas adicionais por dia por trabalhador.
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Terminada a greve, o que os bancos devem fazer para reduzir o tempo de atendimentos aos clientes?
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