Hortifrutigranjeiros puxam queda no preço da cesta básica

A cesta básica em Maringá está mais barata em relação ao mês passado. Pesquisa feita pelo Procon mostra que o preço médio, levando em consideração 72 itens de quatro segmentos, foi de R$ 311,70 em agosto, 3,8% menor que os R$ 324,07 do mês passado. O grupo que mais influenciou nesta queda foi o de hortifrutigranjeiros.

Este mês, o segmento teve uma redução de 29,3% no valor médio, passando de R$36,86 para R$ 26,06. A maior redução ocorreu no preço do tomate rasteiro, que é vendido, em média, por R$ 1,86 ao quilo, R$ 2,94 a menos do que em junho.

Quase todos os itens do grupo apresentaram reduções. É o caso do tomate saladete (41,1%), cebola nacional (40,5%), alho importado (29,3%), batata monalisa (16,7%), banana caturra (3%). A única alta foi no preço dos ovos brancos, que ficaram 23,5% mais caros, passando de R$ 3,35 para R$ 4,14 a dúzia.

Outro segmento que teve redução foi o de mercearia, com queda de 5,45% no preço médio, passando de R$ 126,30 para R$ 119,54. Os demais grupos apresentaram sensíveis altas. O valor médio cobrado pelos produtos de higiene e limpeza subiu 1,8% (de R$ 48,47 para R$ 49,35) enquanto o de carnes teve elevação de 3,9% (R$ 112,35 para R$ 116,75).

"Alguns produtos da cesta básica foram desonerados das alíquotas de contribuição como PIS/Pasep, Cofins e IPI, apresentando redução dos preços", explicou o coordenador do Procon em Maringá, João Luiz Regiani.

Preço dos produtos podem variar até 217%

Apesar da tendência de redução nos preços médios dos produtos da cesta básica, a diferença de valores entre um estabelecimento e outro ainda é muito grande. A maior disparidade foi constatada nos itens de hortifrutigranjeiros. O quilo do alho importado pode variar até 217,6% em Maringá, sendo encontrado por R$ 5,90 até R$ 18,74. Já o quilo do tomate saladete está sendo vendido a partir de R$ 1,99 até R$ 5,99, diferença de 201%.

O levantamento do Procon também apurou que a variação entre os preços mínimo e máximo entre os estabelecimentos de Maringá é de 43,3%. Se o consumidor optasse somente pelos produtos mais baratos faria uma economia de R$ 118,53 na comparação com a compra mais cara. "O Procon reforça a importância em pesquisar antes de comprar. A prática é uma ferramenta eficaz que auxilia os consumidores a economizar", ressaltou Regiani.

O levantamento foi realizado entre os dias 19 e 21 deste mês em oito supermercados da cidade: Angeloni, Big, Bom Dia,Camilo, Cidade Canção, Condor, Mercadorama e Muffato. A pesquisa completa pode ser acessada no site do Procon de Maringá.