Novo hospital próprio do plano de saúde Clinipam, em construção no bairro Bom Retiro| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

Sírio Libanês estuda projetos em Londrina e Foz do Iguaçu

A Sociedade Árabe de Beneficência do Paraná (Saben), mentora do Hospital da Beneficência Árabe (Sírio Libanês), pretende lançar hospitais em Londrina, Foz do Iguaçu e outras microrregiões do Paraná. A entidade já iniciou os estudos em algumas áreas, mas a ideia só saíra do papel após a conclusão da unidade de Curitiba.

A primeira fase do projeto na capital paranaense começa a ser construída no primeiro semestre de 2014, em um terreno de 10 mil metros quadrados na Vila Izabel, doado pelo governo do estado. A entrega está prevista para 2016. O investimento é de R$ 500 milhões – dinheiro vindo de países árabes, bancos de fomento e fundos filantrópicos. Além da unidade hospitalar de 220 leitos, o complexo terá um centro de ensino e pesquisa e um centro de diagnóstico e terapias ambulatórias.

Estudos feitos ao longo de 2010 e 2011, com dados do IBGE e do Ministério da Saúde, ajudaram a identificar demanda para o projeto. Segundo o presidente da Saben, Rached Hajar Traya, o investimento será recuperado no 12.º ano de operação. Cerca de 1,5 mil empregos diretos serão abertos.

A segunda fase do projeto, que será construída no mesmo terreno, terá unidade materna e infantil. "Nós iniciamos a prospecção dos dados, mas ainda não há previsão de quando construiremos", comenta Traya. Também não há uma estimativa de investimento, mas a negociação já teve inicio. "Alguns países árabes já demonstraram interesse no patrocínio desses investimentos." No primeiro trimestre de 2014, a Saben deve abrir licitação para as construtoras interessadas.

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10% de alta na demanda é a projeção do Vita para 2014. Com base nessa expectativa, o grupo vai investir R$ 7 milhões em reformas e modernizações das suas unidade do Batel e do Bairro Alto. A rede atende 16 mil pessoas em seus pronto atendimentos e faz 1,6 mil internações todos os meses.

O mercado da rede privada de hospitais de Curitiba e região está morno e vai continuar assim em 2014. O montante investido pelos principais grupos em construções, reformas e compra de equipamentos será de pouco mais de R$ 154 milhões no ano que vem – número 8% inferior ao deste ano, que ficou na casa dos R$ 166 milhões, segundo levantamento próprio da Gazeta do Povo.

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O vice-presidente da entidade da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no estado (Fehospar), Luis Rodrigo Schruber Milano, conta que o mercado estagnou e que construir hospitais é um negócio caro. "A questão de financiamento é muito complicada, há muita regulação no setor e é impossível recuperar o valor em curto prazo", avalia.

O diretor administrativo do Hospital São Vicente, Luiz Fernando Nicz, observa também que só há rentabilidade quando o atendimento tem foco. "É necessário fazer um projeto bem elaborado, trabalhando de forma especifica". Em Curitiba e região, segundo ele, há demanda em áreas como oncologia, ortopedia e traumatologia.

O pano de fundo de todo esse desaquecimento está no baixo retorno dos hospitais pelos serviços prestados, tanto para planos de saúde – que acumulam cada vez mais obrigações assistenciais e, por isso, dizem ter dificuldades em reajustar o valor pago pelos procedimentos – quanto para o Sistema Único de Saúde (SUS), ainda que este remunere melhor os tratamentos de alta complexidade que as operadoras de saúde privadas.

Montantes

O Grupo Vita vai investir R$ 7 milhões em 2014, com a reformulação da enfermagem, a aquisição de equipamentos de ressonância magnética e a instalação de centros de oncologia no Vita Batel, e também a introdução de um centro de oncologia e a renovação de alguns aparelho no Vita Bairro Alto. As intervenções são motivadas pela demanda da rede, que atende 16 mil pessoas e faz 1,6 mil internações todos os meses. "Estamos fazendo esses investimentos porque a demanda vai crescer em 10% no ano que vem", diz José Octávio Leme, superintendente do Vita Curitiba.

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A Clinipam vai investir R$ 80 milhões no Onix Mateus Leme, segundo a construtora Baggio, responsável pela obra. Para o diretor do plano de saúde, Cadri Massuda, o investimento é um bom negócio no longo prazo. "Investir em um hospital próprio diminui os custos e elimina intermediários no cuidado com a saúde de nossos beneficiários", diz.

O Nossa Senhora das Graças costuma investir R$ 5 milhões a cada ano e em 2014 não será diferente. O grupo pretende melhorar sua estrutura e seu parque tecnológico. O Marcelino Champagnat, com a Inauguração da Uni­­­­dade Coronariana e Neu­­­­rovascular (UCN) e a implantação de um novo sistema de TI, investirá 3,5 milhões. O Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO) , por sua vez, está investindo R$ 20 milhões em uma ampliação.

No São Vicente, a renovação do parque tecnológico e a compra de novos equipamentos de imagem, radiologia, tomografia e centro cirúrgico vão custar R$ 1,5 milhão.