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A cantora Amy Winegouse: passagem pelo hospital, por outros motivos | Kiko Huesca/EFE
A cantora Amy Winegouse: passagem pelo hospital, por outros motivos| Foto: Kiko Huesca/EFE

Um hospital privado de Londres iniciou um tipo de terapia desenvolvida especialmente para tratar o vício dos adolescentes em internet, um fenômeno que pode "prejudicar seriamente" suas vidas, afirmou nesta quinta-feira o organismo. O Hospital Capio Nightin­ga­­le, no centro de Londres, anunciou ter concebido o programa "Young Person’s Technology Ad­­dic­­tion" (vício tecnológico em jo­­vens) depois de receber diversas ligações de pais desesperados. O Capio Nightingale é conhecido fora da Inglaterra por ter abrigado algumas celebridades em tratamento de re-habilitação por uso de álcool ou drogas, entre eles a cantora Amy Winehouse e a modelo Kate Moss.

"Passar o tempo, sem limites, na Internet, em frente à tela do computador ou com jogos eletrônicos pode prejudicar seriamente a vida dos jovens", explicou o mé­­dico Richard Graham, responsável pelo tratamento. Segundo ele, terapia adapta-se a cada indivíduo e vai desde um tratamento intensivo no hospital até sessões em grupo ou individuais. "O princípio consiste em reforçar as atividades sociais que não estejam ligadas à internet e em estabelecer estratégias para confrontar os problemas que possam ocorrer", afirma o hospital especializado em problemas mentais. O objetivo é aumentar a confirança dos adolescentes nos encontros "da vida real", em oposição aos contatos na internet (em particular na rede social Facebook), e ajudá-los a "controlar a energia e a excitação posterior a uma sessão prolongada de jogos eletrônicos".

"A ênfase se coloca nos meios que permitem se desconectar", completa o hospital. "Esperamos atacar as causas subjacentes deste vício para que os ‘sceenagers’ voltem a ser ‘teenagers’", declarou o dou­­tor Graham. Os "screenagers" são os adolescentes ("teenagers") que passam muitas horas diante da tela ("screen") do computador.

Alguns pais explicaram que seus filhos ficavam "furiosos" quando pediam para que desligassem o computador. Em al­­guns casos foi necessário que a polícia interviesse, explicou o Graham em uma entrevista pu­­blicada na quarta-feira pelo jor­­nal londrino Evening Standard. Outras clínicas do Reino Unido oferecem tratamentos contra o vício em Internet, mas não são dirigidos especialmente aos adolescentes.

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