A crise na aviação comercial brasileira já tem impacto no desempenho dos hotéis do Paraná, segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (Sindihotéis), Émerson Jabur.

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Ainda não há uma estatística da queda no nível de ocupação, mas Jabur diz que tem havido vários cancelamentos de reservas. "Uma crise dessas é muito problemática para a atividade turística como um todo porque gera um clima de insegurança. As pessoas não se arriscam a viajar."

O problema deve afetar, segundo Jabur, tanto o turismo de lazer como o de passeio. "Muitos executivos deixam de viajar e resolvem seus negócios por telefone."

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Para o superintendente da rede de hotéis Mabu, Alberto Asseis, os sucessivos atrasos e cancelamentos de vôos são um golpe a mais em um setor já em crise. "Por conta do câmbio e até do próprio cenário político, tivemos um ano difícil. É preciso muita criatividade, criar promoções e ações de estímulo para amenizar as dificuldades."

Uma das estratégias da empresa é intensificar a programa "Pedágio Feliz" na unidade de Foz do Iguaçu para incentivar o turismo rodoviário. Pelo programa, os hóspedes podem trocar os tíquetes pagos nas praças de pedágio por bônus a serem usados na loja da rede. "Não temos vôos regulares entre Maringá e Foz do Iguaçu, por exemplo, há três anos. Isso poderia ser um problema e por isso queremos incentivar que as pessoas venham de ônibus ou de carro, mas não deixem de viajar."

A assistente de gerente do hotel Ibis Aeroporto, em São José dos Pinhais, Karin Krug, também acredita que a crise da aviação pode afetar os negócios da unidade. "No feriado do dia 2 de novembro já sentimos uma queda no nível de ocupação." A proximidade com o Afonso Pena – que poderia favorecer o hotel, já que muitos passageiros foram obrigados a ficar na cidade por mais tempo que o esperado – acabou tendo pouca influência nos negócios. "Já estávamos praticamente lotados." (CS)